Família acredita que menina de 8 anos morta em Salvador foi vítima de um vizinho

Aysha Vitória desapareceu na segunda-feira (22) e foi encontrada com lesão na lombar e arranhões

Encontrada morta na manhã desta terça-feira (23),  Aysha Vitória, de 8 anos, foi vista pela última vez às 17h saindo de casa para a residência da avó, na mesma rua, na Travessa São Jorge, no bairro de Pernambués. O fato da criança não ter o costume de sair da rua onde vivia e ter sido deixada por volta das 4h40, a poucos metros de casa, acendeu um alerta para a família de que Aysha possivelmente foi vítima de um vizinho, de alguém que vive no local. 

A desconfiança se confirmou hora depois, quando um vizinho da família confessou o crime. Ele foi preso por volta das 12h desta terça-feira (23), no mesmo endereço onde o corpo foi encontrado. Na casa do homem, os policiais localizaram uma boneca e um par de sandálias da vítima. Ele foi conduzido para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde foi  interrogado.

"Pela forma que foi, com ela desaparecendo aqui e alguém conseguindo deixar ela no mesmo lugar sem ser visto, a gente imaginava que tinha sido alguém daqui. Ouviram o barulho dela sendo deixada, saíram para ver na hora e não conseguiram encontrar quem deixou", falou a tia de Aysha, que prefere não se identificar e mora no mesmo local.

O pai da menina, muito abalado, não conversou com a imprensa até o momento. Enquanto falava com policiais, antes do vizinho confessar o crime, ele chegou a dizer que também acreditava que o responsável pelo crime morava na Travessa São Jorge. "Ela não sai daqui, eu não mando ela comprar nada em mercado fora daqui e já tem a orientação para não sair, eu oriento minha filha. Eu acredito que quem fez essa maldade é daqui", falou o pai a um policial no local onde a menina foi encontrada.

A família informou que Aysha tinha ferimentos na lombar, arranhões pelo corpo e uma lesão que deixou o seu pescoço mole. Policiais civis e do Departamento de Polícia Técnica (DPT) já se encontram no local, escutam familiares e realizam as primeiras investigações na cena do crime.