Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Maysa Polcri
Publicado em 10 de março de 2025 às 10:26
Após a ação da Polícia Militar que terminou com dois atores baleados durante uma gravação no bairro de Cosme de Farias, em Salvador, o diretor da filmagem admitiu que a produção errou e disse que os policiais não tiveram culpa. Rodrigo Batista publicou um relato em seu perfil no Instagram. >
O diretor conta que eles estavam guardando os simulacros de armas utilizados na gravação quando foram surpreendidos pela polícia. Algumas pessoas correram, e dois atores amadores foram baleados. >
"Acabou a gravação, e nós recolhemos as armas para guardar na caixa. Guardamos em uma via pública, que dá para ver tudo. Infelizmente, a polícia estava entrando na rua e viu a multidão, e alguns com armas nas mãos", conta. Foi nesse momento que os policiais atiraram. >
"Um conseguiu se esconder e falou que era gravação. Foi aí que os policiais entenderam [...] A polícia não tem culpa de nada. Foi um desacerto da gente. Infelizmente fomos guardar as armas em uma via de passagem. Faltou atenção nisso nossa", completou Rodrigo Batista, diretor do Fatos de Favela. Ele afirma ainda que um dos atores foi baleado no rosto. >
Procurada para responder sobre o caso, a PM informou que estava no bairro para dar apoio a agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que realizavam trabalho no local. Foi quando os agentes viram cerca de 10 pessoas portando supostas armas de fogo.
>
Ao ser detido pelos policiais, um dos homens relatou que o grupo estava realizando uma filmagem de material para as redes sociais. Foram localizadas 25 réplicas de armas de fogo, como pistolas, submetralhadoras, fuzis e carregadores, além de um rádio comunicador.>
Ainda segundo a PM, os simulacros foram apreendidos por não terem pontas em coloração laranja, que indicam que são réplicas. >