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Falta de investimento, baixo efetivo e temor de responsabilização: por que PMS são contra câmeras em fardas?

Equipamento teria início da utilização no Carnaval, mas houve atraso

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 05:10

Câmeras em fardamento da PM são motivo de debate Crédito: Alberto Maraux/SSP-BA

A chegada das câmeras para fardamentos de PM, que aconteceria antes do Carnaval até o governador Jerônimo Rodrigues cancelar o plano, não é bem-vinda para boa parte dos policiais militares em atividade na corporação. Via redes sociais, são diversos os comentários de agentes baianos que afirmam ser contra a tecnologia. Mas por que os PMS não aprovam o uso das câmeras durante ações em campo?

Sem se identificar, policiais conversaram com a reportagem e destacaram que a falta de investimento em áreas que julgam mais emergentes, o baixo efetivo de policiais militares na rua e o temor de ‘responsabilizações indevidas’ são os principais motivos para a reprovação. Um policial, lotado em Salvador, afirma que há necessidades na corporação que foram ignoradas para que houvesse verba para implementação das câmeras.

“A gente, que está em campo e entende a atividade policial, se encontra em uma situação complicada. Ninguém fala do que é preciso para proteger os policiais e está faltando. O dinheiro investido nas câmeras poderia ser usado para blindar as nossas viaturas, comprar um armamento melhor ou até melhorias para nós como policiais como o salário que é baixo”, afirma.

O mesmo policial cita também a necessidade de ampliar o número de policiais no efetivo. “Além do estado ter o tamanho de um país, a PM trabalha em Salvador combatendo o avanço dos confrontos entre grupos criminosos pelo domínio na atuação do tráfico de drogas. Mais do que nunca, a PM precisa de um efetivo mais robusto com armas capazes de fazer frente a estes grupos”, completa.

Há também, entre os policiais, o temor de que toda e qualquer ação de combate armado contra os grupos criminosos se transforme em motivo para ‘responsabilização indevida’ de agentes em campo, como afirma outro policial que atua na capital. “Se os bandidos recebem a polícia com tiros, precisamos responder da mesma forma por nossa própria proteção. Com cada morte virando o processo contra o agente que agiu em legítima defesa, ficamos de mãos atadas, com medo de agir da maneira que é necessária”, afirma ele.

Nas redes sociais, o debate é dividido. Em postagem do CORREIO sobre o adiamento da chegada das câmeras, parte dos leitores se diz a favor da política, afirmando que pode reduzir mortes e a ‘agressividade’ dos PMS. Outra parte, no entanto, segue a linha de raciocínio dos policiais, e ironiza afirmando que as câmeras deveriam ser colocadas em outros lugares, como gabinetes de políticos.