Faça você mesmo: especialista dá dicas de como levar os conceitos da CasaCor Bahia para dentro de casa

Reaproveitamento de peças já existentes em casa é a principal aposta para recriar conceitos e tendências do momento

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 17 de setembro de 2024 às 06:15

Living Diálogos da Milcent Arquitetura Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Ao chegar do trabalho, não há quem não queira o conforto de casa para descansar. Contudo, para ter garantia de aconchego no próprio lar é preciso, antes de tudo, escolher bem a mobília, decoração e, quando possível, a projeção da residência. Quem não tem noção de como fazer isso e deseja conhecer a seleção de ambientes projetados para o conforto por arquitetos terá a oportunidade de visitar a CasaCor. Não é preciso se preocupar excessivamente com valores. Isso porque, segundo especialistas ouvidos pela reportagem, é possível replicar conceitos de design, paisagismo e arquitetura sem gastar tanto.

Com o tema “De Presente, o Agora”, a 28ª edição da CasaCor traz como conceito o legado a ser deixado para as gerações futuras. Na arquitetura, o arquiteto Gabriel Magalhães analisa que a proposta traz como premissa a criação e execução de projetos coesos inteligentes, conectados com a realidade local e atemporais tanto do ponto de vista estético quanto da durabilidade da construção em si. Desse modo, é possível aplicá-lo em casa através da criatividade.

“Acredito que existem duas formas de melhor aplicar este conceito dentro de casa, que é na criação de espaços que configurem uma maneira contemporânea de morar. Deixar como legado a forma de morar atual é uma maneira de documentar e registrar os hábitos, a forma de consumo, as características da sociedade no momento. Outra maneira é aplicando uma lógica de consumo consciente, com produtos e materiais duráveis, que resistam a ação do tempo e fiquem de legado e memória para as gerações futuras”, defende.

De acordo com Magali Santana, curadora desta edição da mostra, a maior parte dos projetos foram feitos pensando no público pertencente à elite e à classe média alta, mas a ideia é de que pessoas de outras classes também possam se inspirar. Para Gabriel Magalhães, o conceito do evento pode ser aplicado de diversas formas para todos os públicos, desde que seja entendido como ele pode ser adaptado para a realidade de cada casa.

“É importante pensar no contexto geral do lar e como uma nova ideia se conecta com o que já existe e de que forma ela vai dialogar com a história de cada um. Uma mostra de decoração é acima de tudo um local de exposição tanto de ideias e soluções quanto de materiais e produtos”, afirma o arquiteto.

A arquiteta Mariana Leão, que projetou um Living – sala de estar com proposta de ser um local de interação social – sugere que aqueles que gostaram do projeto assinado por ela busquem trabalhar com aquilo que já têm. “Quem gostou do meu projeto e quiser levar um pouco disso para casa, pode começar, primeiro, buscando aquelas peças guardadas, que não combinam com a paleta da casa e criando um jogo com elas, misturando com peças novas”, sugere.

“Eu acho que pode também pensar em repaginar, por exemplo, os móveis. De repente, trocar o tecido, colocar uma cor nova e viva, trazer uma almofada e criar um detalhe. Isso tudo já dá uma cara de aconchego e alegria para o espaço. Apostar em plantas e vegetação também é uma possibilidade. Nós trouxemos uma estante apoiada na terra, em vez de piso. O importante é não ter medo de misturar”, finaliza.