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Vitor Rocha
Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 13:35
A exposição Das Águas de Osogbo às Águas Doces e Douradas da Cidade de Salvador: Bordando e Perpetuando Tradições e Memórias Ancestrais Africanas estará em cartaz até o dia 3 de janeiro, na sede da Associação Nacional das Baianas de Acarajé, localizada na Praça da Sé, Pelourinho, próximo ao Monumento da Cruz Caída.
Ao longo de 2024, o projeto promoveu o acesso de mulheres negras de comunidades tradicionais de matriz africana ao aprendizado, preservação e produção do Bordado Barafunda, destacando sua relevância histórica, cultural e religiosa. A iniciativa capacitou mulheres negras de terreiros para se tornarem bordadeiras e empreendedoras.
Sob a liderança de Luciano Santos Rocha, babálorixá do Ilê Axé Omi Obá Lájô e fundador do ateliê Omí Mòrewá, dedicado à preservação das indumentárias litúrgicas de matriz africana, o projeto foi idealizado por Carla Pita, pedagoga, produtora e educadora artístico-cultural, ligada ao Ilê Axé Ogunjá Omin Inã. A trilha formativa incluiu aulas práticas conduzidas pela bordadeira Rosimeire de Oxum e produzidas por Flavia Barbosa.
O projeto contemplou 32 mulheres negras de comunidades de terreiro da região de Sete de Abril, em Salvador, com idades entre 18 e 60 anos. Após meses de capacitação, o curso culminou em 21 de dezembro. Ainda houve a confecção e exposição de duas baianas completas, produzidas pelas alunas como parte do aprendizado.