Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Elaine Sanoli
Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 19:09
O que era para ser um momento de lazer e brincadeira se tornou dor de cabeça e sofrimento para uma família de Porto Seguro, no extremo sul da Bahia. Uma criança, de apenas três anos de idade, foi atingida pela explosão de um balão de brinquedo. O pequeno Thiago teve queimaduras de segundo grau no rosto e no ombro.
A mãe da criança, Dafenny Portela, contou ao CORREIO que, embora o acidente tenha acontecido na segunda-feira (20), o balão foi comprado na última sexta-feira (17), durante uma passagem da família no distrito de Arraial d'Ajuda.
"O balão ficou guardado e ele não pediu. Ontem, umas 14h, ele me pediu para brincar e eu peguei, pois a corda estava amarrada a um urso dele. Como tem gás, ele sobe. Ele estava na sala brincando, foi só o tempo de eu dar o balão e sentar no sofá, como eu estava no celular, ouvi só um barulho e o cabelo dele pegando fogo", relembrou.
O garoto teve queimaduras do lado direito do corpo: no rosto, na região do queixo e bochecha, e no ombro. A família segue acompanhando o menino no Hospital José Ramos de Oliveira, em Eunápolis, a cerca de 60 km de Porto Seguro, onde a família reside.
O balão foi comprado com um vendedor ambulante no parque, que segundo a mãe do garoto, não costuma ficar sempre por lá, por isso a família não chegou a procurá-lo, mas um boletim de ocorrência será aberto. "Vamos na delegacia. Não fomos ainda pelo fato de estarmos aqui desde ontem, mas a delegada já entrou em contato conosco, está nesse momento registrando um b.o.", afirmou.
Nas redes sociais, o pai do garoto publicou o relato como um alerta para outros responsáveis. "Meu filho sofreu queimaduras no rosto e no corpo ocasionadas por aqueles balões lindos que nossos filhos tanto pedem. Ver um filho sofrendo sem poder fazer nada é angustiante. Nessas horas vemos que não somos nada e pedir a Deus é a única coisa que nos resta. Além das queimaduras, ele terá que ficar no hospital para observação, pois pode ter inalado o gás hélio, que é extremamente perigoso para crianças e pode causar a morte", escreveu.
*Com orientação da subeditora Monique Lôbo