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Wendel de Novais
Publicado em 14 de março de 2024 às 05:00
A porta do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) ficou lotada na noite de terça-feira (12). Por lá, além das macas e funcionários já comuns no espaço, viaturas e agentes das forças policiais de Feira de Santana se reuniram para ter informações sobre o estado de saúde do policial militar Marcos Alan Magalhães Vicente, 46 anos, que morreu em latrocínio dentro do próprio condomínio. Ao menos 40 policiais apareceram na unidade durante a noite, de acordo com uma fonte da polícia da cidade.
“Ontem, com certeza, tinha de 40 a 50 colegas policiais que tentavam saber informações sobre o soldado Alan. Só uma pessoa querida como ele faria uma mobilização assim acontecer durante a noite e madrugada. Era um exemplo para os colegas, conhecido pela simpatia e pelo bom humor. O sentimento de revolta pelo que aconteceu com ele é incomparável. Inacreditável que alguém tão bom tenha sua vida ceifada assim sem mais nem menos”, desabafa o policial.
Um outro policial, que também não se identifica, afirma que nunca foi colega de companhia da vítima. No entanto, o conheceu pessoalmente pelo fato do policial ser amigo de familiares seus. Procuradas, a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) e a Rondesp Leste, companhia onde Alan era lotado, não deram detalhes dos anos de atuação do policial na corporação. Familiares, abalados pela morte dele, não se manifestaram sobre o caso.
O policial que esteve com a vítima não poupa elogios ao falar dele. “Era um cara do bem e você percebia isso sem precisar passar muito tempo ao lado dele. Tinha um carisma e uma alegria. Policiais como ele deixam suas casas todos os dias para manter a ordem e o bem-estar das pessoas. Jamais deveria sofrer algo assim em uma ação tão audaciosa. Para quem é policial, é inaceitável que os responsáveis por isso fiquem à solta”, declara a fonte.
Após a morte de Alan, houve uma mobilização também nas ruas de Feira de Santana para encontrar os suspeitos que balearam o policial. Um dos envolvidos no latrocínio acabou localizado e morto em Santo Estêvão, durante uma operação conjunta das polícias Militar e Civil. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios de Feira de Santana como latrocínio.