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Maysa Polcri
Publicado em 21 de março de 2025 às 11:37
O ex-vereador de Salvador e atual presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, foi condenado a três anos e nove meses de prisão pela prática de peculato. Segundo a decisão, ele exigia parte dos salários dos funcionários que trabalhavam em seu gabinete, entre 2009 e 2010. A ação é conhecida como rachadinha. >
A decisão foi proferida na quinta-feira (20), pela juíza Virgínia Silveira Vieira, da 2ª Vara Criminal Especializada da Comarca de Salvador. Ainda de acordo com as investigações, Henrique Carballal nomeou assessores fantasmas. Além dele, também foi condenado o então chefe de gabinete, que arrecadava e distribuía o dinheiro. >
Três assessores contratados, mas que não desempenhavam funções, foram absolvidos da denúncia de peculato. A Justiça entendeu que ao sacar o dinheiro e repassar a Henrique Carballal, através do chefe de gabinete, os funcionários fantasmas cometeram apenas improbidade administrativa. Um único assessor teria recebido o equivalente R$ 141,3 mil. >
Durante o processo, a defesa de Carballal solicitou anulação da acusação por falta de provas, o que não foi aceito pela Justiça. A reportagem tentou entrar em contato o ex-vereador, mas não obteve retorno até esta publicação. O espaço segue aberto. Em 2024, Henrique Carballal atou como coordenador da campanha de Geraldo Júnior (MDB) a prefeito de Salvador. >
O ex-vereador e o chefe de gabinete iniciarão o cumprimento da pena em regime aberto e poderão substituir a pena privativa de liberdade por penas alternativas. Eles podem recorrer da decisão. >
Henrique Carballal elegeu-se vereador pela primeira vez em 2008, sendo reeleito nos anos de 2012, 2016 e 2020. Em 2023, licenciou-se do cargo para assumir a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral. >