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Maysa Polcri
Publicado em 13 de março de 2025 às 09:18
O tribunal do júri de Vitória da Conquista, no centro-sul da Bahia, condenou o ex-pastor Edimar da Silva Brito pelo homicídio qualificado contra Marcilene Oliveira Sampaio e Ana Cristina Santos Sampaio, em 2016. A Justiça estabeleceu pena de 32 anos de prisão, inicialmente em regime fechado. Ele foi transferido para um presídio da região. >
O júri considerou que Edimar da Silva Brito cometeu os crimes por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas, que eram suas colegas de igreja. Marcilene, 38, era pastora e professora da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Ana Cristina, 37, era sua prima. Elas foram mortas a pedradas, segundo as investigações. >
Os crimes, segundo o Ministério Público da Bahia, com base no inquérito da Polícia Civil, ocorreram por motivo de vingança contra a pastora Marcilene e o marido dela, o também pastor Carlos Eduardo de Souza. Ambos estavam à frente de uma igreja junto com Edimar, mas abriram outro templo religioso, levando com eles vários fiéis. >
A condenação de Edimar da Silva acontece nove anos após os assassinatos. O ex-pastor estava preso provisoriamente há dois anos e cinco meses. Em outubro de 2019, ele chegou a ser preso sob suspeita de ter estuprado a enteada de 21 anos, em Itarantim, no sudoeste baiano. >
Na sentença proferida na terça-feira (11), a juíza Ivana Pinto Luz ressaltou a possibilidade de o condenado fugir. "A magnitude da pena imposta, somada à natureza violenta dos delitos, evidencia o risco de reiteração delitiva e a possibilidade de fuga, o que justifica a manutenção do réu em custódia até o trânsito em julgado da presente sentença", pontua. A defesa pode recorrer da condenação.
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O ex-pastor foi submetido a júri popular pelo duplo homicídio cometido na noite de 19 de janeiro de 2016 contra a pastora evangélica Marcilene Oliveira Sampaio, 38, e a prima dela, Ana Cristina Santos Sampaio, 37, que é de São Paulo e, na época, estava na Bahia para participar de um casamento. >
Apesar de, no mesmo dia em que foi condenado a júri popular ter recebido também ordem de prisão preventiva, Edimar conseguiu um alvará de soltura no dia 11 de julho de 2018. No ano seguinte, foi preso por suspeita de estupro. >