Ex-funcionária da OAB-BA alega ter sido demitida por motivação política; entidade nega

Na terça-feira (19), Daniela Borges foi reeleita presidente da instituição

Uma ex-funcionária da atual gestão da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia (OAB-BA) foi demitida após 12 anos de serviço na última quinta-feira (21). Marli Canário alega que o motivo seria um abraço dado na candidata da oposição à presidência da instituição, Ana Patrícia Dantas Leão, no dia da eleição, realizada na terça-feira (19). Em nota, a entidade afirmou que a acusação é falsa.

Até então funcionária da Escola Superior de Advocacia da Bahia (ESA-BA), Marli foi chamada à sala da Gerência Administrativa para ser informada de seu desligamento, 10 minutos antes do fim do expediente. "Eu jamais imaginei que um gesto de carinho pudesse ser interpretado como um ato de traição", desabafou. O abraço, dado no dia da disputa entre Ana Patrícia e a presidente reeleita Daniela Borges, teria sido interpretado como um ato de apoio político e motivado a demissão.

Em resposta, a OAB-BA afirmou no domingo (24) que a acusação é falsa e que os processos de admissão e demissão da entidade não envolvem questões políticas. “O desligamento de uma funcionária da OAB-BA ocorrido esta semana se deu exclusivamente por razões administrativas relacionadas ao seu desempenho nas atividades que realizava na seccional, motivo que já havia levado anteriormente à sua transferência de setor”, declarou a instituição.