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Estudantes baianos desenvolvem repelente natural contra Aedes aegypti no sudoeste do estado

Até novembro de 2024, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) havia registrado mais de 230 mil casos prováveis de dengue

  • Foto do(a) author(a) Vitor Rocha
  • Vitor Rocha

Publicado em 25 de novembro de 2024 às 16:47

Estudantes de Lagoa Real
Estudantes de Lagoa Real Crédito: Divulgação

Um repelente natural contra o Aedes aegypti, vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika, foi desenvolvido por estudantes baianos do Colégio Estadual Luís Prisco Viana, em Lagoa Real, no sudoeste da Bahia. Preocupados com o aumento de casos na região, os alunos Maria Agnes, Ana Júlia Castro, Lucas Wendel, Samily Fernandes e Yasmin Aguiar criaram o produto utilizando citronela, cravo-da-índia, alecrim e hortelã-pimenta. Até novembro de 2024, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) havia registrado mais de 230 mil casos prováveis de dengue.

A estudante Maria explicou que a escolha das plantas foi baseada em uma pesquisa sobre suas propriedades: “A citronela, por exemplo, é amplamente conhecida por seu efeito contra mosquitos, incluindo o Aedes aegypti. O cravo-da-índia contém eugenol, um composto natural com forte efeito repelente. Já o alecrim e a hortelã-pimenta foram escolhidos tanto por suas propriedades repelentes quanto por seu potencial para criar um aroma agradável. Optamos por uma combinação dessas plantas para maximizar a eficácia do produto de forma natural”.

Sob a orientação do professor Murillo dos Santos, os estudantes desenvolveram a fórmula do repelente e realizaram diversos testes para avaliar sua eficácia.

“Os primeiros ocorreram em ambiente controlado, com mosquitos, para observar a eficácia em condições seguras. Em um segundo momento, testamos o repelente em ambientes reais, aplicando o produto e analisando sua capacidade de repelir os mosquitos. Também realizamos o teste de pH, no qual verificamos que o nosso produto obteve média 6,0 na escala. Esse teste foi essencial para verificar se o pH do produto era adequado e seguro para aplicação na pele humana, prevenindo possíveis irritações”, acrescentou Maria.

A equipe, que conta com o apoio da Secretaria da Educação (SEC) e é coorientada por Izis Pollyanna Teixeira, planeja aprimorar o repelente e aumentar sua produção. Entre as próximas etapas estão a ampliação da escala de produção, o benefício a mais comunidades e a investigação de outras plantas com potencial repelente e terapêutico.