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Tharsila Prates
Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 20:15
Impostos, matrícula da escola, revisão do carro, material escolar, faturas das compras de Natal e Ano Novo... Começar o ano sem se perder nos gastos pode ser uma tarefa complicada até mesmo para os mais organizados. Mas, com planejamento e controle, é possível evitar problemas financeiros e conseguir cumprir todos os objetivos da família, com meses mais tranquilos ao longo do ano.
“Priorização é a palavra-chave quando se fala em planejamento financeiro, principalmente em famílias com orçamento apertado. A primeira coisa é categorizar os gastos planejados entre básicos e supérfluos”, ensina o professor do MBA em Controladoria e Finanças da Universidade Positivo e controller do Grupo Positivo, Marco Aurélio Pitta.
Ele diz que a lista dos gastos deve começar com as contas recorrentes, como habitação, escola, alimentação, água e luz. Dessa forma, estabelecendo quais são os gastos indispensáveis, fica mais fácil evitar o endividamento e conseguir alguma folga no orçamento para buscar objetivos de longo prazo, que exigem mais recursos e, consequentemente, mais planejamento.
Gastos fixos
É no começo do ano que alguns dos principais impostos começam a chegar para o contribuinte. Entre eles estão, por exemplo, o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
“Os valores dessas taxas costumam ser significativos, mas, com organização, é possível economizar. Na maioria dos casos existem regras que podem resultar em descontos para pagamentos antecipados ou até mesmo opções de parcelamento que podem aliviar um pouco o bolso no mês a mês da população”, detalha o especialista.
Além desses impostos, despesas fixas, como aquelas relacionadas à educação, precisam estar previstas no orçamento familiar. Taxa de matrícula, mensalidade e até mesmo os gastos com material escolar são comuns no início de cada ano.
“Nesses casos, além do planejamento, é importante que sejam realizadas pesquisas de preço, já que a variação pode ser grande, ainda mais do momento atual que vivemos, com algumas inseguranças quanto à economia, câmbio e inflação. Então, ter uma reserva para pagamento à vista, com descontos, pode ser uma boa alternativa para quem tem essa possibilidade.”
Gastos extras
Mas não existem somente as despesas fixas. Depois de prever os gastos essenciais, também é preciso planificar os gastos extras e até mesmo os gastos supérfluos. Nessa categoria, entram, por exemplo, uma viagem em família, uma reforma necessária na casa ou a troca de carro.
“Esses são gastos que podem ser adiados, a depender da situação econômica daquela família, mas é importante que estejam devidamente elencados entre os objetivos financeiros do ano. Assim, será possível manter no horizonte o passo a passo necessário para alcançá-los”, explica o especialista.
Uma reserva financeira também pode ser importante para um ano tranquilo. “Sempre que possível, é preciso fazer uma reserva de emergência ou mesmo separar dinheiro para ser investido. Essa seria a terceira etapa de um controle financeiro de sucesso para 2025”, completa. Boa sorte!