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Da Redação
Publicado em 16 de maio de 2024 às 19:58
A Escola de Formação Luíza Mahin, que está envolvida na denúncia feita ao Tribunal de Contas da União (TCU) e na Controladoria Geral da União (CGU), defendeu nesta quinta-feira (16), em nota oficial, a professora da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Renata Alvarez Rossi, acusada de usar a estrutura e recursos da instituição de ensino superior para beneficiar o Partido dos Trabalhadores. >
A Escola Luíza Mahin, que funciona sem formalidade, disse que a denúncia é “raivosa e cheia de equívocos”. Também ressaltou que o "Curso Livre de Extensão: Formação de Lideranças para Democracia", ministrado pela professora na Escola de Administração da Ufba em parceria com a Luíza Mahin, passou por todas as instâncias burocráticas da unidade federal. >
“A Escola de Formação Luíza Mahin não é, e nem faz parte, da estrutura do Partido dos Trabalhadores, ainda que no seu quadro tenha pessoas que exercem seu livre e inalienável direito de expressão política, pessoas, portanto, que são dos diversos partidos políticos e ainda pessoas que não tem filiação a nenhuma instituição política”, diz trecho da nota. >
A unidade ainda afirmou que Ivan Alex, marido de Renata Alvarez e apontado como diretor da Luíza Mahin pela acusação, é apenas um dos conselheiros da Escola de Formação Luíza Mahin. “Reafirmamos ainda o empenho e a responsabilidade da professora doutora Renata Rossi que sempre se responsabilizou com a universidade pública, gratuita e de qualidade”, diz outro trecho do comunicado. >
De acordo com a denúncia apresentada ao TCU e à CGU, a docente, que ainda seria filiada ao PT, elaborou e apresentou, no ano passado, à Escola de Administração da Ufba o curso de “Formação de Lideranças para a Democracia”. O projeto é desenvolvido em parceria com a Escola Luiza Mahin, que no Instagram tem sido uma plataforma de divulgação do PT. Nesta rede social, há mensagens de parabenização, por exemplo, ao governador Jerônimo Rodrigues, a ex-presidente Dilma Rousseff e trechos de palestras de deputados estaduais, como Robinson Almeida e Marcelino Galo. >
Renata Rossi negou qualquer irregularidade. Disse que o curso é um projeto de extensão que tem como público 50 estudantes da Ufba e fora da universidade. >
Sobre ser filiada ao PT, a professora disse “não sabe dizer” se permanece como quadro do partido, já que pediu a desfiliação em 2019, mas não acompanhou a tramitação na Justiça Eleitoral.>
“O curso é destinado para estudantes da Ufba, mas também para pessoas de fora da Ufba. A parceria com a Escola Luíza Mahin foi no sentido de apoiar a divulgação do curso para pessoas da sociedade civil. Não faço parte da militância partidária a um tempo. Acompanho movimentos sociais, mas não sou engajada politicamente com o movimento”, afirmou.>