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Escola Dendê de Aro Amarelo reúne 120 alunos e professores para recital sobre capoeira

Projeto tem como intuito educar crianças sobre a importância, preservação e ancestralidade da prática cultural

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 29 de julho de 2024 às 19:53

1ª Edição do Recital Dendê de Aro Amarelo - De Angola a Regional de Bimba Crédito: Divulgação

A ONG Escola Dendê de Aro Amarelo, espaço de ensino e difusão da capoeira, promoveu um recital para 120 alunos e professores do Engenho Velho da Federação e adjacências, Dique do Tororó, Liberdade/Curuzu no último domingo (28). Na oportunidade, crianças e adolescentes puderam aprender sobre as cantorias e ritmos dos berimbaus, as histórias de mestres e heróis icônicos. Entre os mais notórios, destacaram-se Mestre Pastinha, Mestre Bimba, Mestre Everaldo Gaguinho Preto e Mestre Boca Rica.

Intitulado Recital Dendê de Aro Amarelo - De Angola a Regional de Bimba, o projeto idealizado pela professora Carla Pita foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo e, desde então, pôde custear 36 aulas com instrumentos e repertório ligados à cultura capoeirista, que têm como intuito fazer a manutenção nas cantigas tradicionais da capoeira da Bahia.

“Também queremos fazer com que a nova geração, que hoje se influencia muito com o Instagram e o Tik Tok, saibam que muitas coisas que eles ouvem, já descaracterizadas nas vozes e nos toques, principalmente da capoeira que não é da Bahia, tem origem, tem pai e tem mãe”, afirma Mestre Dadá Jaques, um dos representantes da ONG.

Recital Dendê de Aro Amarelo - De Angola a Regional de Bimba Crédito: Divulgação

Para ele, a importância do recital se deve à necessidade de exaltação e preservação da capoeira, cuja prática oferta possibilidade de mudança de vida. “A capoeira tem seu encantamento por si só, através das cantigas, da musicalidade, dos movimentos corporais, do agrupamento de pessoas de uma diversidade imensa em um mesmo espaço, nas também serve de cura para os males da vida e profissionaliza quem busca viver dela. Muitos que chegaram crianças no projeto, são profissionais da capoeira, dando aulas em escolas, condomínios, parques, academias e sustentam suas famílias, viajam e são condutores de conhecimentos ancestrais”, pontua.

“Não é apenas a luta marcial e o acrobático, nem somente o encantamento de sua musicalidade. Ela sempre teve propósito. Isso tudo é trazido para o recital. É um momento de nos unirmos e celebrar nosso povo, nossa cultura, nossa gente da Bahia”, finaliza Mestre Dadá Jaques.