Equipamentos hospitalares avaliados em R$ 500 mil são encontrados em casa na Bahia

Foram localizados dentro de um imóvel no bairro Inocoop, em Jacobina, centro-norte do estado, diferentes aparelhos e equipamentos pertencentes ao Hospital Antônio Teixeira Sobrinho, como instrumentais cirúrgicos, macas novas, colchões, geladeira, TV, material de escritório e um cabo para aparelho de ultrassonografia. Juntos, os objetos estão avaliados em cerca de R$ 500 mil.

Os materiais foram encontrados na manhã de quinta-feira (6). Segundo informado pela prefeitura de Jacobina, populares denunciaram o transporte dos equipamentos hospitalares, "supostamente fruto de apropriação por parte de servidor ocupante de cargo comissionado da gestão 2021-2024".

Em uma nota oficial, o ex prefeito de Jacobina, Tiago Dias (PCdoB), relatou perplexidade com a situação e afirmou estar acompanhando as investigações para elucidar o caso. "O agente público, que era comissionado na condição de diretor, guardou, sem a devida autorização de seus superiores, materiais oriundos do Complexo de Saúde Antônio Teixeira Sobrinho em local particular, muitos ainda com os respectivos tombamentos, ação que contraria todos os princípios da gestão pública responsável", declarou. O ex-gestor afirmou que o diretor possuía autonomia e ingerência sobre os itens e que espera que medidas sejam adotadas, "como a quebra de sigilo bancário e telefônico dos envolvidos, para esclarecer a situação".

Ainda de acordo com a gestão municipal, foram encontrados instrumentais cirúrgicos, macas novas, colchões, geladeira, TV, material de escritório e um cabo para aparelho de ultrassonografia avaliado em aproximadamente R$ 20 mil.

"Muitos desses equipamentos estavam identificados com tombo da Prefeitura de Jacobina e outros são provenientes do COAPES (Contrato Organizativo de Ação Pública Ensino-Saúde), celebrado entre o município e a faculdade AGES de Medicina. A estimativa é de que o prejuízo causado pelo furto desses bens seja de aproximadamente R$ 500 mil", comunicou, por meio de nota.

O material foi encaminhado para Polícia Civil. O CORREIO entrou em contato com a instituição para mais informações da ocorrência, mas não houve retorno até a publicação desta matéria.