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Entenda por que mulheres sofrem mais com Burnout do que homens

65% dos casos de Burnout registrados na Bahia em 2023 foram de mulheres

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 26 de dezembro de 2024 às 02:00

Mulheres sofrem mais com Burnout do que homens
Mulheres sofrem mais com Burnout do que homens Crédito: Shutterstock

A síndrome de Burnout, também conhecida como esgotamento profissional, é um distúrbio psicológico relacionado ao trabalho, que resulta de um estado prolongado de estresse e sobrecarga emocional no ambiente laboral. No ano de 2023, a Bahia registrou 52 casos da condição, sendo que 65% dos pacientes eram mulheres. Os dados são do DataSUS, plataforma do Ministério da Saúde.

Para o psiquiatra Antonio Freire, as mulheres são mais afetadas pela síndrome devido a uma combinação de fatores sociais, culturais e estruturais que aumentam a pressão e o estresse no ambiente profissional e pessoal. “Muitas mulheres acumulam funções no trabalho e em casa, como cuidar dos filhos, tarefas domésticas e apoio emocional à família. A sobrecarga doméstica ainda recai desproporcionalmente sobre as mulheres em muitas culturas, aumentando o estresse”, aponta.

“Mulheres frequentemente enfrentam desigualdades salariais, falta de reconhecimento e oportunidades limitadas de progressão na carreira e podem sofrer discriminação e assédio no local de trabalho que contribuem para a exaustão emocional”, complementa o especialista.

Se o fator gênero já é um recorte relevante para entender o perfil dos mais afetados pelo Burnout, algumas profissões são agravantes. Isso porque, profissionais da saúde, professores, profissionais de segurança e emergência podem estar expostos a maiores fatores de risco para o desenvolvimento da síndrome de Burnout, de acordo com Antonio Freire.

Para se prevenir quanto ao desenvolvimento do quadro, ele recomenda que as mulheres e os profissionais de risco a essa síndrome adotem estratégias específicas. As mulheres, sobretudo, devem considerar os desafios que enfrentam, como a dupla jornada de trabalho, pressões sociais e desigualdades no ambiente profissional. Todos, no entanto, devem buscar mudança de hábitos, imposição de limites e diálogo com colegas de trabalho e chefes.

“Separe o tempo de trabalho do tempo de vida pessoal, evite levar tarefas para casa ou trabalhar fora do horário estabelecido. Priorize uma rotina de sono adequada. Pratique atividades físicas regularmente para aliviar o estresse. Mantenha uma dieta equilibrada. Experimente meditação, yoga ou exercícios de respiração. Estabeleça prioridades e metas realistas. Divida grandes tarefas em etapas menores e gerenciáveis. Converse com amigos, familiares ou colegas sobre as suas dificuldades. Considere terapia ou aconselhamento psicológico para aprender a lidar melhor com o estresse”, aconselha Freire.