Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Enquete revela as principais queixas de moradores do Santo Antônio Além do Carmo no Carnaval

Moradores elencaram os principais transtornos enfrentados durante o período

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 05:30

MP recomenda normas para Carnaval do Santo Antônio garantir equilíbrio de interesses de foliões e moradores
Protestos de moradores no Santo Antônio Crédito: Marina Silva/CORREIO

Mais de 10 blocos estão confirmados para desfilar no Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador, no Carnaval deste ano. Para diminuir os transtornos enfrentados pelos moradores, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) emitiu recomendações para a festa, como a proibição de trio elétricos e limite de foliões. Uma enquete realizada com quem vive no bairro elencou quais as principais queixas durante o período festivo. 

A informação foi revelada pela Associação de Moradores do Santo Antônio Além do Carmo. A pesquisa foi realizada com 40 associados - contando com 36 respostas - após a festa do ano passado. "O objetivo foi entender o que funcionou durante o Carnaval e o que poderia ser feito para melhorar", afirma um porta-voz da organização.

Nos últimos anos, o bairro tem ficado cada vez mais movimentado durante o mês da folia, o que divide opiniões de quem mora no local. Boa parte deles luta para que o Santo Antônio não integre o circuito oficial de Carnaval. Confira abaixo as principais queixas dos moradores.

Mobilidade reduzida

Segundo a associação, a dificuldade em transitar pelo bairro durante os dias de desfile é um dos principais problemas. As ruas ficam fechadas para a passagem dos foliões em alguns períodos do dia, o que causa transtornos. 

"No ano passado, o bairro foi tão bem cuidado que os próprios moradores tiveram problemas de mobilidade. Nós estamos tentando explicar ao Estado que cada dia é diferente e têm especificidades. Não dá para tratar como se todo dia fosse o De Hoje a Oito", diz uma integrante da associação.

O bloco De Hoje a Oito espera receber até 25 mil foliões no desfile que será realizado no sábado (22), a partir das 10 horas. "Ficamos com o bairro fechado por horas, durante vários dias, e nem sempre há necessidade porque são blocos pequenos", completa. 

Lixo 

Outra questão citada por moradores é o acúmulo de lixo na rua após a passagem dos foliões. "Por mais que o Santo Antônio seja privilegiado em relação à coleta de lixo, inclusive com coleta seletiva, é um bairro pequeno, que não comporta a quantidade de resíduos que um Carnaval produz", afirma a moradora. 

Poluição sonora 

Mesmo sem trios elétricos, o barulho da festa incomoda os moradores. Para evitar transtornos, os blocos devem desfilar até às 23 horas neste ano. 

Urina e sexo na porta de casa

Outro problema relatado pelos moradores acontece quando os foliões utilizam as fachadas das residências como se fossem banheiros. "As pessoas, muitas vezes, não encontram onde fazer suas necessidades fisiológicas e acabam fazendo nos muros ou nas paredes das casas. Isso já aconteceu comigo", diz um morador. Além de urina e fezes, não são incomuns as queixas de pessoas que praticam sexo nas ruas. 

Recomendações do MP-BA 

Para reduzir os danos, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) fez uma série de recomendações para a realização do Carnaval deste ano no bairro Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador. Entre as regras estão a proibição de trios elétricos, limite de blocos e público, além de livre acesso de veículos nas quadras residenciais.

O documento foi assinado pela promotora Cristina Seixas, na quinta-feira (6), e endereçado à prefeitura de Salvador, Polícia Militar, Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), associação de blocos, bares e restaurantes e moradores. Foi estipulado o prazo de 10 dias para que os órgãos apresentem medidas adotadas para o cumprimento das recomendações.