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Enfermeira é investigada por injúria racial em pet shop: "Petista, baixa e preta"

Mulher também é suspeita de lesão corporal e ameaça

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Foto do(a) author(a) Bruno Wendel
  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Elaine Sanoli

  • Bruno Wendel

  • Esther Morais

Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 18:16

Mulher é acusada de racismo
Mulher é acusada de racismo Crédito: Reprodução

A Polícia Civil (PC) abriu uma investigação para apurar a denúncia contra a enfermeira Camilla Ferraz Barros, após chamar a gerente de uma das unidades do Petz, no Imbuí, de "petista, baixa e preta". O caso foi registrado na 9ª Delegacia Territorial da Boca do Rio como injúria racial, lesão corporal culposa e ameaça. 

Segundo as informações preliminares oficiais da polícia, a gerente do estabelecimento e outras duas funcionárias afirmaram que foram ameaçadas e agredidas pela mulher. "A gerente, além das ameaças e agressões, informou que foi vítima de injúria racial pela mulher que proferiu palavras de cunho racista", informou a PC.

A mulher teria chegado à loja por volta das 14h do último sábado (4). Ela e o marido pediram indicações de uso de um remédio de verme, mas foi comunicada de que a informação não poderia ser dada pelos profissionais da loja e a gerente precisou ser acionada na tentativa de conter a mulher. "Ela gritava, dizendo que era juíza, que na segunda-feira ia mandar demitir e prender todo mundo. Foi aí que a nossa gerente chegou para tentar acalmá-la. Nisso ela (Camilla) agrediu a gerente, chamando de 'petista, baixa e preta', como está no vídeo que circula na internet", contou uma funcionária ao CORREIO.

A Polícia Militar chegou a ser acionada no momento da confusão e enviou policiais da 82ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) "para averiguar uma ocorrência envolvendo injúria racial e agressão física, em um estabelecimento comercial. Ao chegarem no local os militares constataram o ocorrido, mas a suspeita não foi encontrada. A guarnição orientou as vítimas a registrarem um boletim de ocorrência na delegacia para tomada das medidas cabíveis."

Ainda de acordo com a Polícia Civil, a cliente alegou que foi xingada e agredida fisicamente por diferentes funcionários e dois seguranças da loja, além de ser filmada sem sua autorização.

Após repercussão do caso, a Rede Mater Dei de Saúde, local onde a mulher atuava como enfermeira, confirmou que ela não faz mais parte do quadro de funcionários da empresa. Com a circulação do vídeo, a entidade instaurou uma sindicância interna que envolveu a diretoria, o setor jurídico e compliance. A decisão foi comunicada neste domingo (5).

O caso segue sob investigação.