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’Empurrões, tapas e socos’: filhos detalham rotina de agressões contra mulher incendiada na Saúde

Ana Paula foi vítima de uma tentativa de feminicídio

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 10 de fevereiro de 2025 às 13:36

’Empurrões, tapas e socos’: filhos detalham rotina de agressões contra mulher incendiada na Saúde
’Empurrões, tapas e socos’: filhos detalham rotina de agressões contra mulher incendiada na Saúde Crédito: Wendel de Novais

A tentativa de feminicídio de Paulo Roberto da Silva Costa, 46 anos, contra Ana Paula Almeida Luz, 41, na madrugada do último sábado (8), quando Paulo ateou fogo em Ana, foi o ponto mais alto de uma rotina de agressões. De acordo com os filhos da vítima, durante toda a relação de cinco anos entre os dois, o agressor praticava atos criminosos de maneira física e verbal. Micaele Luz, 19 anos, filha de Ana Paula, detalha diferentes episódios em que era possível ver as marcas das agressões.

“Nós sabíamos que ele dava empurrões, tapas, socos e batia nela realmente, além dos xingamentos. No corpo dela, a gente já viu marcas de pancada, arranhões e os sinais de que ela era agredida por ele. Foi uma escalada de violência que chegou a isso, infelizmente", conta Micaele. Mesmo com o corpo incendiado, Ana Paula conseguiu correr para um chuveiro e, depois das chamas apagarem, fugir do apartamento onde foi atacada. Depois, foi socorrida e encaminhada para o Hospital Geral do Estado.

Para a filha, que é quem estava mais próxima de Ana, todo tempo em que a mãe estava com o agressor foi de turbulência. “A relação dele sempre foi de confusão e brida. Ele tinha esse comportamento de agredir ela verbalmente, de humilhar. Sempre foi grosseiro e, em qualquer lugar que ele chegava, procurava confusão, tratava todo mundo com ignorância”, fala ela, destacando o comportamento opressor de Paulo.

Felipe Luz, 23, é o filho mais velho de Ana e conta que, apesar da ciência do que estava acontecendo, sair do relacionamento era complicado para a mãe. “A gente alertou ela e os amigos vinham dizendo para que ela o deixasse, mas foi levando foi levando. Todo mundo sabe que, nesses casos de uma relação abusiva, é difícil sair e a coisa escalou, chegando a isso. Eu não moro com ela, mas a gente sabe que houve outras agressões antes. Agressões físicas e, principalmente, verbais”, aponta.

Advogada da família, Bianca Santos afirma que Ana Paula já pensava em acabar com o relacionamento antes de acabar sendo alvo de uma tentativa de feminicídio. “Ela confessou para mim, como advogada e amiga da família, que estava procurando ver como sair desse relacionamento, como acabar com esse ciclo de violência. Ana Paula entendia que ela, assim como todas as mulheres, merecia muito mais. Ela não queria continuar com esse relacionamento”, completa. Na noite anterior ao ataque de Paulo, Ana Paula descobriu uma traição e estava determinada em acabar com o relacionamento.