Empresa francesa que opera o CCS planeja disputar licitação da Arena Multiuso: ‘Vamos competir com SP’

Obras da arena poliesportiva começaram em abril

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  • Maysa Polcri

Publicado em 25 de outubro de 2024 às 06:00

Projeto da Arena Multiuso, na Boca do Rio
Projeto da Arena Multiuso, na Boca do Rio Crédito: Divulgação

A construção da Arena Multiuso em Salvador, que terá capacidade para mais 12 mil pessoas, tem provocado interesse dos administradores do Centro de Convenções Salvador (CCS). A empresa francesa GL events, que gere o equipamento, planeja concorrer na licitação para operar a arena poliesportiva. Para Ludovic Moulin, diretor-geral do CCS, a capital baiana terá uma oportunidade única de integrar os dois espaços e concorrer com São Paulo na disputa por eventos.

As obras da Arena Multiuso foram iniciadas, pela prefeitura de Salvador, em abril deste ano e a previsão é que a entrega seja feita em 2026. O prazo pode parecer distante, mas já desperta interesse de empresas internacionais. Para administrar o equipamento, localizado na Boca do Rio, será feita uma concessão, via licitação, de acordo com a SalvadorPar - empresa de economia mista que integra a administração pública indireta da capital.

A arena integrará o Parque dos Ventos, localizado a 200 metros do Centro de Convenções Salvador. O diretor-geral do CCS enxerga a chance de unificar os serviços. “Nosso grupo vai analisar a licitação e vamos ver se está dentro das condições aceitáveis para depositar uma proposta. Salvador terá uma oportunidade única de ter um complexo”, explica. O investimento para a construção será de R$ 163 milhões,

Segundo a prefeitura, a Arena Multiuso terá capacidade para 12 mil pessoas no modo show e, no modo esporte, para até 7,5 mil visitantes. Ludovic Moulin prevê a integração de eventos que sejam realizados no CCS e na arena simultaneamente. Caso a operação se concretize, o negócio será similar à concessão do complexo Riocentro, que também é gerido pela GL events no Rio de Janeiro.

“Os eventos buscam, cada vez mais, a experiência. Juntar uma arena e um centro de convenções é muito interessante porque um congresso, por exemplo, pode fazer a cerimônia de abertura ou encerramento na arena. Se ganharmos a licitação, vamos poder ampliar a captar eventos maiores”, diz.

O diretor avalia que a concessão poderá ampliar o potencial do turismo de negócios em Salvador. Na baixa temporada, o segmento representa 40% da movimentação de turistas na capital, segundo a Federação Baiana de Turismo e Hospitalidade (Fetur).

“Entraremos em um outro nível, podendo competir diretamente com espaços de São Paulo, ao aumentar nossa capacidade receptiva. Mas, se forem administradores diferentes, acho que Salvador perderá uma grande oportunidade de ter um local com configuração única”, analisa Ludovic Moulin.