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Gabriela Cruz
Publicado em 4 de junho de 2021 às 15:13
- Atualizado há 2 anos
Há três anos, Ana Bárbara Rocha, 52, foi desligada da empresa onde trabalhava como gerente de Eventos com o argumento que, "mesmo tendo um grande potencial", ela nunca seria uma boa profissional pois sua capacidade “era limitada a 70%”. “Refleti a respeito desta afirmação e decidi retomar projetos engavetados, além de iniciar cursos em busca de novos aprendizados”, conta.
E foi em um evento em Recife (PE), meses após a demissão, que a vontade de empreender da soteropolitana acelerou. “A premissa do encontro era um convênio entre as universidades do Nordeste, com base na Agenda 2030 da ONU, ressaltando os 17 0bjetivos de desenvolvimento sustentáveis”.
Foi ali, discutindo boas práticas, que Ana percebeu que sua paixão por café poderia se materializar em arte e fez nascer a REUT’Y, marca que reaproveita filtros usados para coar a bebida na criação de peças de decoração, como os sousplat, tingidos de diferentes maneiras: desde pó de café à casca de beterraba.
O nome da empresa é resultado da junção da palavra “Reutilizar” com o “Y”, que em tupi-guarani quer dizer água e, por extensão, rio. O apóstrofo representa uma gota d’água para associar ao sentido remoto da palavra tupi.
“Desta forma, alinhando a marca ao Objetivo 12 da Agenda 2030 da ONU, que trata de ‘Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis’, decidi ressignificar e promover a sustentabilidade, inovando no mercado de objetos de decoração”, conta Ana, que também usa papelão descartado em sua produção.
“E sobre o meu potencial ser limitado a 70%, foi só um ‘gatilho’ para produzir a maioria das peças com 70% de material sustentável”, destaca a empreendedora, que se define ainda como praticante budista da Soka Gakkai Internacional, mãe de menina, eventóloga, turbanteira e, é claro, amante de café.