Em greve, professores da Uneb fazem ato e assembleia geral nesta segunda (30)

Greve dos docentes teve início oficial nesta sexta-feira (27)

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Publicado em 27 de setembro de 2024 às 17:05

Manifestação de professores Crédito: Divulgação

Em meio a greve iniciada nesta sexta-feira (27), professores do campus Salvador e do interior, da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), realizam uma manifestação nesta segunda-feira (30), às 8h, na entrada da Uneb na capital baiana, no bairro do Cabula.

No mesmo dia, a partir das 13h30, no Teatro do Campus I, no Cabula, será realizada uma assembleia-geral docente, com a pauta centrada na proposta do Comando de Greve a ser apresentada na Reunião da próxima quarta-feira (2) ao governo, precedida por uma avaliação da greve.

O ato será a primeira ampla atividade de mobilização da greve. Munidos de carro de som, panfletos, faixas e bandeiras, os docentes planejam dialogar com população em geral sobre as demandas em negociação com o governo do estado para garantir direitos dos servidores e as condições de trabalho e de educação.

Reivindicações

Dentre as demandas em discussão, segundo a Seção sindical dos docentes da Universidade do Estado da Bahia (Aduneb), os professores discutem o recebimento de adicionais de insalubridade para professores que exercem funções em condições insalubres em laboratórios e outros espaços. Além disso, o movimento grevista reivindica o aumento do repasse orçamentário para 7% da Receita Líquida de Impostos, que nos últimos anos não chegou a 5%. Bem como, repudia a interferência do governo na autonomia universitária para a gestão acadêmica, administrativa e orçamentária, algo garantido pela Constituição Federal.

A categoria docente também considerou insatisfatória a proposta de recomposição salarial apresentada pelo governo na última mesa de negociação, que representa um aumento, acima da inflação, de 4,94%, juntando os valores dos anos de 2025 e 2026. As previsões inflacionárias são do Boletim Focus. Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) , a defasagem salarial devido à falta de recomposição inflacionária, desde 2015, chega a 35%.