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Maysa Polcri
Publicado em 12 de março de 2025 às 11:05
Após ter a liberdade provisória concedida, o empresário Marcelo Batista da Silva vai se apresentar à Justiça. É o que garante a defesa do dono do ferro-velho, suspeito de mandar matar os funcionários Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento e Matusalém Silva Muniz. Eles desapareceram em novembro do ano passado e até hoje não foram encontrados.>
A informação de que Marcelo Batista não é mais considerado foragido foi divulgada nesta semana. O processo corre em segredo de Justiça. O empresário não foi visto desde o desaparecimento e chegou a ser procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). A expectativa, agora, é que ele cumpra as medidas cautelares e se apresente à Justiça da Bahia. >
A informação foi confirmada ao CORREIO pelo advogado de defesa, Aureosvaldo Borges de Oliveira. "Ele vai se apresentar. É uma necessidade, uma determinação da Justiça. Decisão judicial se cumpre", explicou. A prisão preventiva de Marcelo Batista chegou a ser decretada em novembro do ano passado, mas ele não foi encontrado. >
O empresário deverá cumprir medidas cautelares para que a liberdade provisória seja mantida. Entre elas, estão o comparecimento mensal à Justiça e o fornecimento de endereço fixo. >
Questionado sobre a decisão que favorece Marcelo Batista, o advogado não comentou se a medida caminha para apontar a inocência do empresário. Ele ressalta que ainda não houve individualização das penas e nem audiências de instrução sobre o caso. A Polícia Civil informou que o inquérito policial foi concluído e remetido ao Poder Judiciário, com os devidos indiciamentos, mas não detalhou quais. >
Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, 24, e Matusalém Silva Muniz, 25, desapareceram após saírem de suas casas para trabalhar em um ferro-velho no bairro de Pirajá, onde trabalhavam há três semanas. >
Antes de desaparecerem, eles foram acusados pelo dono do empreendimento, Marcelo Batista da Silva, por furto de alumínio. Considerado suspeito dos assassinatos, o empresário foi procurado pela polícia enquanto era considerado foragido. >
Marcelo Batista responde a nove processos que estão em tramitação na Justiça do Trabalho. Outros 60 foram arquivados. As acusações abordam descumprimento de pagamento de salário, horas extras, assédio sexual e tortura.>