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'Ela estava tentando se abaixar', diz mototaxista sobre dentista baleada no peito em perseguição policial

O mototaxista, que não quis ter a identidade revelada, contou que parou a moto quando ouviu os tiros

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Foto do(a) author(a) Jorge Gauthier
  • Fernanda Varela

  • Jorge Gauthier

Publicado em 15 de março de 2025 às 17:29

dentista larissa azevedo paralela
Dentista Larissa Azevedo foi baleada Crédito: Reprodução

A cirurgiã-dentista Larissa Azevedo Pinheiro, de 28 anos, continua internada na UTI do Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador, com estado de saúde grave, mas considerado estável. Ela foi atingida no peito ontem, durante um tiroteio entre suspeitos e policiais, na Avenida Paralela. Um dos bandidos foi morto. Um motorista ficou ferido por estilhaços.

O mototaxista, que não quis ter a identidade revelada, contou que parou a moto quando ouviu os tiros para que os dois se abaixassem e, assim, se protegessem. Ele não foi atingido.

"Passou o rapaz correndo com a arma na mão e efetuou o disparo, depois só vi que ela estava no chão com uma perfuração. Ela estava tentando se abaixar", contou em entrevista à TV Bahia, afiliada da Rede Globo. 

Em uma rede social, a irmã de Larissa compartilhou uma atualização. "Lari responde bem. Esboçando abertura ocular espontânea e quase sem medicação vasoativas", escreveu. "Estou recebendo muitas mensagens, não consigo responder a todos", acrescentou.

A família e amigos de Larissa continuam fazendo campanha pedindo doações de sangue para a dentista, de qualquer tipo. A doação pode ser feita indo ao Hospital Roberto Santos e informando o nome da paciente. Qualquer tipo sanguíneo está sendo aceito. O tiro que atingiu Larissa entrou pelo tórax e atravessou o pulmão da jovem, que chegou à unidade médica desacordada e precisou ser reanimada. Ela passou por uma cirurgia de mais de duas horas e, segundo médicos ouvidos pelo CORREIO, perdeu muito sangue.

A campanha pedindo por sangue também foi divulgada pelo Conselho Regional de Odontologia. "O CRO-BA manifesta sua solidariedade à cirurgiã-dentista Larissa Azevedo Pinheiro, vítima de disparo durante um tiroteio na Avenida Paralela, em Salvador. Larissa foi atingida enquanto se deslocava para o trabalho e passou por cirurgia no Hospital Roberto Santos", diz nota do conselho. "Expressamos nosso apoio e desejamos uma rápida recuperação".

Larissa estava a caminho do trabalho, vindo de Lauro de Freitas em um mototáxi, quando se viu no meio do tiroteio. O mototaxista que a levava, que prefere não se identificar, contou em entrevista à TV Bahia que o tiro que atingiu a dentista partiu de um bandido. Eles desceram da moto no meio do engarrafamento e confusão para tentar se abaixar no chão e fugir dos tiros. "Eu já estava no chão quando ele [suspeito] passou correndo, e ela estava tentando se abaixar. Eu notei logo que ela estava ferida. Ela perdeu a consciência, tentava falar, mas não conseguiu", afirmou. "É uma questão de desespero. A gente decidiu [parar] para salvaguardar a nossa vida. Se jogar no chão, o que é certo. Foi desesperador", completou.

Crime

O episódio aconteceu às 7h20. O tiroteio começou na via central da avenida, no sentido Centro, poucos antes da Estação Flamboyant do metrô, e se estendeu por cerca de 300 metros até a Avenida Mário Sérgio Pontes Paiva, que dá acesso à Paralela. Na troca de tiros, um dos suspeitos foi morto pela polícia.

Um porteiro, que prefere não se identificar, contou que pessoas que estavam na frente da guarita de um prédio correram abaixadas para dentro do local com medo de serem atingidas.

“A gente ouviu um primeiro barulho forte e não identificou que era tiroteio. Depois, veio a rajada e o desespero começou porque todo mundo ficou no fogo cruzado. Duas moradoras que estavam na porta de sair voltaram correndo abaixadas. A gente, que também ficou com medo, se agachou também para não tomar tiro”, lembrou o porteiro.