"Nunca tive o privilégio de encontrar-me com o professor Luís Henrique Dias Tavares. Ainda assim, mesmo sem conhecê-lo pessoalmente, considerava-me íntimo dele. Aprendi a admirá-lo à distância, pela leitura de seus livros, artigos e entrevistas. Devo a ele, algumas das descobertas mais fascinantes e surpreendentes no meu trabalho de pesquisa. Em 2010, após a publicação do meu segundo livro, 1822, sobre a independência, enviou-me, por correio, um simpático bilhete. Agradecia o fato de eu ter lido e citado “Independência do Brasil na Bahia” em um dos capítulos da obra. Obviamente, era uma mensagem na contramão: quem deveria agradecer era eu a ele, não ele a mim. Mas aquele singelo bilhetinho revelava muito sobre o intelectual e o ser humano que conviviam em Dias Tavares, o baiano sorridente e generoso, sempre atento e disposto a acolher e orientar pessoas que, como ele, se dedicassem ao estudo da história do Brasil. Por essa e muitas outras razões, o seu legado e a sua memoria permanecem vivos em todos nós, seus amigos e admiradores, neste bicentenário do Dois de Julho."