Editais não devem ser a única opção para os trabalhadores da cultura, diz Pedro Tourinho

Afirmação foi feita durante o lançamento da Agência do Trabalhador da Cultura

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Publicado em 22 de maio de 2024 às 22:18

Lançamento aconteceu na tarde desta quarta-feira (22)
Lançamento aconteceu na tarde desta quarta-feira (22) Crédito: Betto Jr/Secom PMS

O secretário de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), Pedro Tourinho, defendeu que os editais não devem ser a única fonte de oportunidades para os trabalhadores da cultura na Bahia. Segundo ele, apesar da importância para o fomento da arte, quem trabalha no setor deve prosperar além dessa modalidade. A afirmação foi feita na tarde desta quarta-feira (22), durante o lançamento da Agência do Trabalhador da Cultura.

“Os editais, de alguma forma, são segregadores, porque muita gente não consegue participar. Muitos não conseguem participar de editais porque não têm a documentação, não estão com a associação formada ou o MEI escrito ou não conseguiram prestar contas, eventualmente”, disse.

O secretário também enumerou a elaboração dos projetos como uma das possíveis dificuldades dos editais, que exigem uma formalidade que nem sempre é comum no setor cultural. “Tem que fazer uma conta, um design, que pode ser complexo de exigir para grupos culturais que estão na luta há 30, 40, 50 anos e têm outras prioridades, porque infelizmente não podem viver só de cultura”.

De acordo com Tourinho, a Agência vem como a ação mais pragmática no entendimento do setor cultural enquanto atividade econômica, sabendo que, muitas vezes, essa área não segue os mesmos padrões de outros campos de atuação.

“Nosso objetivo é que as pessoas possam viver de cultura em Salvador. Se, no turismo, essa é uma das cidades econômicas mais importantes, a cultura é o que sustenta o turismo. Todos que trabalham com cultura são um pouco empreendedores. Tem que viver, tem que fazer dinheiro, tem que prosperar”, declarou.