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É possível amenizar os sintomas da menopausa? Veja o que diz médico

Referência em naturopatia no Brasil, o médico chama a atenção para a necessidade de parar de olhar para a menopausa como doença

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 21 de março de 2025 às 09:17

eferência em naturopatia no Brasil, o médico, que reside no Vale do Capão, na Chapada Diamantina, chama a atenção para a necessidade de parar de olhar para a menopausa como doença
eferência em naturopatia no Brasil, o médico, que reside no Vale do Capão, na Chapada Diamantina, chama a atenção para a necessidade de parar de olhar para a menopausa como doença Crédito: Divulgação

Mesmo fazendo parte do ciclo de vida feminino, a menopausa vem acompanhada de muitos desconfortos, medos e mitos, e a falta de informação sobre o tema acaba sendo um obstáculo para lidar com sintomas como os fogachos, as famosas ondas de calor intenso, que podem ser acompanhados de sudorese, ganho de peso, insônia, irritabilidade e secura vaginal.

“A maior parte das pessoas desconhecem praticamente tudo o que respeita a fisiologia do climatério. Muitas mulheres, infelizmente, desconhecem a fisiologia do ciclo menstrual e entendem que a menopausa é um momento sempre desagradável que corresponde à supressão da menstruação. Isso é muito pouco diante da complexidade e beleza do universo feminino”, destaca o médico e naturopata, Aureo Augusto.

Referência em naturopatia no Brasil, o médico, que reside no Vale do Capão, na Chapada Diamantina, chama a atenção para a necessidade de parar de olhar para a menopausa como doença. Neste sábado (22), ao lado da enfermeira Maria Helena Santana, que também segue o enfoque dos tratamentos naturais, ele ministrará o curso Menopausa – Saiba o que esperar desta fase. O encontro remoto vai abordar temas relevantes para a compreensão e empoderamento dessa fase tão fascinante do universo feminino.

Com vasto conhecimento sobre práticas integrativas e cuidados com a saúde da mulher, a dupla promete apresentar estratégias e terapias baseadas em plantas medicinais, alimentação natural, fitoterapia, hidroterapia e outras abordagens naturais que podem aliviar os sintomas da menopausa, sem depender exclusivamente de tratamentos convencionais. "O desconforto (da menopausa) pode acontecer por diversos fatores, porém não é obrigatório", alerta o especialista. Aqui ele adianta alguns dos assuntos que serão trabalhados no curso:

CORREIO: Qual a diferença entre menopausa e climatério?

Áureo Augusto: A menopausa é uma parte do climatério; o climatério é o período em que a mulher vai apresentando redução de alguns hormônios que se culmina com a menopausa quando a menstruação deixa de se manifestar. Após isso o climatério continua por algum tempo.

CORREIO: Qual o impacto do climatério para a saúde das mulheres?

Áureo Augusto: Na realidade o climatério depende de condições psicossociais e culturais para que se manifeste como algo problemático. Nem todas as mulheres, e nem todas as culturas apresentam alterações desagradáveis no climatério.

CORREIO: Por mais que a menopausa faça parte do ciclo reprodutivo feminino, até hoje as mulheres não aprenderam a lidar bem com ela. Como explicar isso?

Áureo Augusto: É preciso parar de olhar para a menopausa como doença. E isso passa por um entendimento melhor do que significa os processos naturais de vida, que obviamente inclui nascimento, desenvolvimento, maturidade, envelhecimento e morte. Sobre o que significa os processos naturais de vida, que obviamente incluem nascimento, desenvolvimento, maturidade, envelhecimento e morte.

CORREIO: Por que a menopausa gera tanto desconforto?

Áureo Augusto: Na China fizeram um estudo interessante. Tomaram duas populações que habitavam em lugares bem distantes uma da outra, uma delas habituada ao consumo frequente de soja e derivados, enquanto a outra população não tinha este hábito. O grupo que não tinha o hábito do consumo de soja apresentou distúrbios enquanto o outro não apresentou. Então devemos levar em consideração os hábitos alimentares, as crenças, o sedentarismo, a cultura, o fato de a mulher se sentir ou não realizada como pessoa... O desconforto pode acontecer por diversos fatores, porém não é obrigatório.

CORREIO: Quais são os sinais característicos da menopausa?

Áureo Augusto: Naquelas mulheres que apresentam desconfortos, chama a atenção os fogachos, que são fortes sensações de calor intenso, que podem ser acompanhados de sudorese. Também pode acontecer suores noturnos, irritabilidade, secura vaginal etc.

CORREIO: O que as pessoas desconhecem sobre esta mudança de ciclo?

Áureo Augusto: Eu diria que a maior parte das pessoas desconhecem praticamente tudo o que diz respeito a fisiologia do climatério. Muitas mulheres infelizmente desconhecem a fisiologia do ciclo menstrual e entendem que o climatério é um momento desagradável que corresponde a supressão da menstruação. Apenas isso, o que é muito pouco.

CORREIO: Destacaria algum mito?

Áureo Augusto: Penso que um mito muito importante é aquele que informa as mulheres que elas são obrigadas a fazer reposição hormonal. Entenda que não estou dizendo que nunca se deve fazer reposição hormonal, estou dizendo que não é obrigatório para todas as mulheres como habitualmente se expressa. Este mito traz uma crença embutida: a crença de que todas as mulheres já vieram com um defeito de fabricação e por isso é necessário que os seres humanos criem formas de compensar este grave defeito - ou seja, a mulher é, supostamente, um ser inferior.

CORREIO: Como ficam os hormônios nesta fase da vida? A naturopatia é a favor da reposição hormonal?

Áureo Augusto: A naturopatia prefere atuar no sentido da prevenção em casos como este, através da educação e do estímulo a uma vida saudável. Uma segunda linha de atuação é o uso de alimentação adequada, fitoterapia, de hidroterapia (tratamento através da água) entre outras ações naturais.

CORREIO: Qual a visão da naturopatia sobre esta fase da vida?

Áureo Augusto: Assim como a mulher um dia passa pela menarca, ou seja, o início da vida reprodutora, com a primeira menstruação - e para tanto o organismo dela se prepara - do mesmo jeito o corpo feminino vai se preparando para este evento cujo acontecimento faz parte do processo natural da vida e que tem uma necessidade orgânica de acontecer.

CORREIO: Como a naturopatia pode ajudar a aliviar sintomas da menopausa?

Áureo Augusto: Através do uso de uma alimentação pensada em termos nutracêuticos (que leva em consideração os aspectos terapêuticos dos alimentos), utilização de plantas medicinais, massoterapia, atividade física, hidroterapia, psicoterapia procurando unir os diversos itens citados em um mix de propostas que levem a superação de processos desagradáveis que possam acontecer.

CORREIO: Dê exemplos de cuidados simples e naturais podem ser adotados por quem está nesta fase.

Áureo Augusto: Uma das coisas bem simples e que é essencial é a atividade física. O músculo quando se contrai ele faz uma pressão sobre o osso e isto estimula as células ósseas, os osteoblastos, responsáveis pela calcificação dos ossos, reduzindo assim a possibilidade de osteoporose. A atividade física também contribui para uma melhoria significativa da circulação, reduzindo os possíveis fogachos. Este é apenas um exemplo.

CORREIO: Como os parceiros podem ajudar neste processo e fase da vida?

Áureo Augusto: A menopausa é um fenômeno também social, é familiar. Os parceiros devem procurar adquirir conhecimentos sobre este assunto tão importante, para melhor entender o momento vivido por sua família (pois não se trata de um evento que interessa apenas à mulher). Mas também naqueles casos em que encontrámos irritabilidade ou tristeza, buscar compreender o processo que a mulher está vivendo, e ser um apoio compreensivo. Com o intuito de ajudar os homens (e mulheres também) que constituem uma família com aquela mulher vivendo o climatério, oferecemos 50% de desconto no valor do curso para companheiros e companheiras de quem já está matriculada.

Informações sobre o curso:

  • Menopausa – Saiba o que esperar desta fase
  • Data: 22 de março de 2025
  • Formato: Online (plataforma Zoom)
  • Mais informações: WhatsApp (75) 99848-4520

*Com colaboração da jornalista Fernanda Carvalho