Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

É mais barato? Saiba quanto custa ter jet ski ou lancha de forma compartilhada

Modelo de compra coletiva amplia público, reduz custos e aquece a economia do setor

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 20 de março de 2025 às 05:45

Jet Ski
Jet Ski Crédito: Pixabay/Reprodução

Um modelo de compra tem garantido a democratização do acesso às embarcações nos últimos anos. Trata-se da cota compartilhada de jet ski e lanchas. Amplamente utilizado no mercado náutico, essa alternativa permite que muitas pessoas realizem o sonho de navegar sem arcar com custos altos de aquisição. Hugo Rodrigo Santos, fundador da empresa de cotas náuticas Boatlux, que atua na Bahia e em Sergipe, explica que a economia é de cerca de 80% em comparação à compra tradicional.

No modelo de cotas compartilhadas, um grupo de pessoas adquire uma embarcação em conjunto, dividindo proporcionalmente os gastos com compra, manutenção, marina, seguro e outros custos operacionais. Empresas especializadas gerenciam esse sistema, garantindo que os cotistas tenham acesso ao barco de forma organizada, sem preocupações burocráticas.

“É uma compra inteligente. A pessoa que tem uma lancha, hoje, comprovadamente não usa uma lancha por 30 dias durante o ano todo. Então, nos 330 dias dos anos, você continua pagando por ela. É muito mais interessante compartilhar”, disse Rodrigo. Na Boatlux, os grupos para cota compartilhada podem ser de quatro, seis e oito donos. “A pessoa escolhe o grupo que melhor lhe atende”, disse.

“Você compra uma embarcação, por exemplo, de R$ 1 milhão, e ainda tem que pagar marina, marinheiro...”, disse Hugo. Para uma embarcação 38 pés, a pessoa pagará mensalmente R$ 5 mil de marina para ela ficar pagar, com o salário do marinheiro, de R$ 3,5 mil, além do seguro (R$ 20 mil), que é anual. “No compartilhado, a gente tem uma cota de oito pessoas de R$ 170 mil, um valor infinitamente menor. A pessoa vai ter o bem, com um custo de R$ 2,2 por mês”, explicou. Esse modelo, segundo Hugo Rodrigo Santos, aumentou mais de 100% após a pandemia.

Para o jet ski, Hugo utiliza o exemplo de um modelo de R$ 130 mil. Para oito donos, a fatia individual é de R$ 22 mil. "A Marina custa (mensalmente) até R$ 700. Tem seguro, também, que custa R$ 7 mil por ano. A nossa mensalidade dos custos fixos é de R$ 400 (por pessoa), com seguro, Marina e lavagem", explicou Hugo. Para uma única pessoa, o valor dos custos básicos chega a R$ 1,2 mil. 

O compartilhamento de cotas tem o mercado náutico, de acordo com Hugo Assis, CEO da Barco Show Eventos, que acontece de quinta (20) a domingo (23), no Terminal Turístico Náutico da Bahia. “Muitas pessoas que antes viam a posse de um barco como algo distante agora conseguem ter essa experiência sem precisar arcar com todos os custos sozinhas”, afirmou.

Para Hugo Rodrigo, a tendência é que esse formato continue crescendo. “O compartilhamento é uma solução inteligente para quem quer aproveitar a navegação sem os desafios dos cuidados e manutenção de uma embarcação. A procura tem aumentado, e isso é um reflexo da mudança no comportamento dos consumidores, que buscam mais praticidade e custo-benefício”, ressalta.

Agendamento para uso 

E quanto a reserva do equipamento compartilhado para uso? No caso da Boatlux, há um aplicativo que os donos fazem os agendamentos. Cada pessoa reserva duas datas de agendamento. Assim que utilizarem o equipamento nas duas ocasiões, podem realizar novos agendamentos e por ai vai. As datas que aparecem na cor cinza sinalizam que um outro dono já garantiu o equipamento. "Se a data fica vermelha, é porque o dono não confirmou o agendamento. Neste caso, há fila de espera. Se estiver azul, é porque está livre. O uso é sempre dinâmico", disse Hugo Rodrigo.