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'Dormi e acordei com som de tiros', diz morador do Alto das Pombas

Confronto entre facções começou meia-noite e se estendeu até às 7h desta segunda-feira (4)

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 4 de setembro de 2023 às 10:27

Policiamento está reforçado
Policiamento está reforçado Crédito: Marina Silva/CORREIO

"Começou meia-noite e eu demorei para pegar no sono. Acordei às 4h pela primeira vez e, depois, às 7h e ainda estava acontecendo. Dormi e acordei com som de tiros", conta um morador do Alto das Pombas, que prefere não se identificar.

Na localidade, na madrugada desta segunda-feira (4), houve confronto entre as facções do Bonde do Maluco (BDM), que tem atuação na área, e o Comando Vermelho (CV), grupo rival que tenta invadir a área e tomar a região.

Essa não é a primeira vez que houve confronto no Alto das Pombas. Na última quinta-feira (31), a madrugada também foi marcada por terror. Esse confronto, porém, teria sido o tiroteio com maior volume de disparos e duração, de acordo com relato de quem mora no bairro.

"Moro aqui faz 1 ano e essa noite foi a que teve a maior quantidade de disparos que ouvi. O susto foi tão grande que, mesmo tenei aula hoje, não irei por ter que passar em frente ao cemitério Campo Santo, onde também teve tiro agora de manhã", fala o morador.

Os confrontos da madrugada seriam o pico de um cenário que se desenhou durante o fim de semana. É isso que aponta a estudante Nágyla Karine, 24 anos, que também mora no Alto das Pombas.

"O medo começou a crescer durante o fim de semana, quando as trocas perduraram quase toda a madrugada e o barulho era tão alto que parecia ser dentro de casa. Saí na tarde de domingo para ir ao mercado e a rua estava tão vazia que mal parecia o Alto das Pombas que eu conheço, que é cheio de vida e pessoas", relata ela.

Já uma outra moradora, que relata um cenário semelhante ao que Nágyla conta, diz ter passado por crises de ansiedade durante a troca de tiros entre facções. Sem dizer o nome, ela conta que os disparos pareciam ser dados em frente a sua casa e que teriam usado bombas.

"Não foram apenas tiros, acredito que tenha tido bomba também ou uma arma mais pesada pelo barulho intenso que fez. Na hora desse estrondo fiquei bastante assutada, trêmula, ansiosa e não consegui dormir. O que me tranquilizou mais foi poder conversar em um grupo de vizinhos", fala.

Após a noite de tiroteio, a Polícia Militar da Bahia (PM-BA) reforçou o policiamento no local. As marcas de tiros podem ser vistas até nas proximidades do Cemitério do Campo Santo. Uma casa chegou a ser invadida por um suspeito, que mantém umas família refém e abriu uma transmissão ao vivo em que negocia rendição com agentes da polícia que o cercaram.