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Dona Maria, líder de facção na Bahia e aliada do PCC, é presa

Ela tinha mais de R$ 50 mil em dinheiro em seu esconderijo na zona leste de São Paulo e vários aparelhos de celular, segundo a Polícia

  • Foto do(a) author(a) Wladmir Pinheiro
  • Wladmir Pinheiro

Publicado em 25 de janeiro de 2025 às 14:52

Dona Maria, líder de facção na Bahia e aliada do PCC, é presa Crédito: Alberto Maraux/SSP-BA

Jasiane Silva Teixeira, 36 anos, conhecida como Dona Maria, foi presa nesta sexta-feira (24) em São Paulo. Ela era procurada por homicídio e suspeita de ter se associado à facção Primeiro Comando da Capital (PCC) para comandar o tráfico de drogas na região Sudoeste da Bahia.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, ela tinha mais de R$ 50 mil em dinheiro em seu esconderijo na zona leste e vários aparelhos de celular. 

"Dona Maria", como ficou conhecida ao assumir o posto do ex-marido, morto em confronto com a polícia, respondia a três processos criminais, um deles pela morte de um agente penitenciário.

Dona Maria, líder de facção na Bahia e aliada do PCC, é presa Crédito: Alberto Maraux/SSP-BA

Segundo a Polícia Civil, ela é responsável por ordenar diversas execuções na Bahia, principalmente na região de Vitória da Conquista, Sudoeste baiano, e era tida como líder da facção Bonde do Neguinho (BDN).

Presa e posta em liberdade 

Dona Maria já havia sido presa em São Paulo, em setembro de 2019, e levada para o  Conjunto Penal de Juazeiro. Ela foi solta em março de 2020. O  desembargador Lourival Almeida Trindade considerou ilegal a manutenção da prisão semiaberta de Jasiane por ausência de justa causa. O desembargador levou em conta, ainda, o fato de ela ser mãe de duas crianças menores, uma com 10 anos e outra com 5 anos, à época.

Ao ser presa, na cidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo, ela estava junto com o namorado, Márcio Faria dos Santos, o Carioca, uma das lideranças do PCC. A dupla foi detida numa operação especial empreendida por policiais baianos do Draco, Depin e inteligências da Polícia Civil e da SSP, em São Paulo.

A Dama de Copas

Jasiane foi trazida à Bahia num traslado aéreo sob forte segurança empreendida por equipes do Grupamento Aéreo da PM (Graer) e dos departamentos de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e de Polícia do Interior (Depin). Segundo a SSP-BA, a criminosa é responsável diretamente por dezenas de homicídios, roubos, tráfico de drogas e armas, além de corrupção de menores. Ela figurava a carta Dama de Copas do famoso Baralho do Crime da secretaria. Em novembro de 2019. o STF concedeu habeas corpus a Jasiane Teixeira, mas MP pediu prisão preventiva no mesmo dia.

'Eu não sou um bicho'

Após a coletiva de impresa em que foi apresentada depois de ser presa, Jasiane conversou com o CORREIO sobre sua situação e negou o vulgo a ela atribuído. “Meu nome é Jasiane Silva Teixeira. Desconheço esse vulgo Dona Maria. Se eu quisesse um vulgo, não seria esse. Isso foi através de uma escuta telefônica. Meu finado marido fazendo uma brincadeira, e já saiu uma reportagem assim que ele morreu [dizendo] 'viúva de fulano de tal, Dona Maria'... Desconheço esse vulgo. Foi através de uma escuta telefônica. E a partir daí colocaram uma fama em mim da qual eu desconheço”.

Ela negou ser uma das principais traficantes do país. "Se eu fosse tudo isso que falam, não estaria aqui, algemada. Estaria falando aqui na presença de advogados. Vim aqui, botar a cara, para dizer que não sou tudo isso. (...) Eu não sou um monstro, eu não sou um bicho. Eu sou um ser humano qualquer e sei que vou transformar minha vida, e que Deus vai transformar minha vida", finalizou. 'Dona Maria' escreveu carta após ter soltura negada (Foto: Reprodução) "Eu não sou um monstro, eu não sou um bicho. Eu sou um ser humano qualquer".