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Dois meses da fuga em Eunápolis: um detento foi morto e 15 ainda estão foragidos

Caso segue sem avanços após prisão de ex-diretora e ex-coordenador de segurança do presídio

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 12 de fevereiro de 2025 às 17:37

Fugitivos do Conjunto Penal de Eunápolis
Fugitivos do Conjunto Penal de Eunápolis Crédito: Reprodução

A fuga de 16 detentos do Complexo Penal de Eunápolis, no extremo sul da Bahia, completou dois meses nesta quarta-feira (12) sem que nenhum dos presos fosse recapturado. Um deles foi morto após ser encontrado por policiais civis da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (23ª Coorpin/ Eunápolis). Segundo a polícia, houve confronto, e Anailton Souza Santos, conhecido como Nino, acabou morto.

No último mês, o caso avançou em razão da busca pelos facilitadores da fuga. A ex-diretora do presídio, Joneuma Silva Neres, de 33 anos, foi presa no dia 23 de janeiro. De acordo com a polícia, além de ter facilitado a fuga – e ter sido exonerada do cargo por isso –, ela teria envolvimento com uma organização criminosa. A ex-diretora passou por uma audiência de custódia, mas teve a prisão mantida, mesmo com alegação de que Joneuma está grávida por parte da defesa.

No dia 24 de janeiro, o ex-coordenador de segurança do Conjunto Penal de Eunápolis Wellington Oliveira foi preso por suspeita de ser cúmplice da ex-diretora. A casa dele também foi alvo de buscas dos policiais.

Antes da prisão dos dois ex-agentes de segurança, quatro suspeitos de envolvimento na fuga foram identificados pelas autoridades policiais. Três deles foram mortos em confronto com a polícia. Jaione Santos de Souza, 33 anos, apontado como um dos participantes do resgate, morreu após resistir a abordagem policial na própria residência. Outros dois suspeitos, identificados como Fernando Correia Santos, 35 anos, e David Silva Souza, 32 anos, morreram em confronto com a Polícia Militar.

Todos os fugitivos acumulavam 37 indiciamentos por mortes violentas em Eunápolis e municípios vizinhos, de acordo com documentos do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), aos quais o CORREIO teve acesso e divulgou as informações em matéria publicada no dia 13 de dezembro de 2024. Entre os crimes, estão, principalmente, homicídios qualificados, latrocínios, queimas de ônibus e até um assassinato de policial militar.

A Polícia Civil foi procurada pela reportagem nesta quarta-feira (12) para informar se houve avanços nas investigações sobre o paradeiro dos detentos, mas não retornou. A Seap foi procurada para atualizar sobre o andamento das investigações internas, mas também não respondeu. O espaço segue aberto. 

Relembre o caso

No dia 12 de dezembro de 2024, oito criminosos armados com armas longas invadiram o Conjunto Penal de Eunápolis para resgatar Edinaldo Pereira Souza, o Dadá, líder de um grupo criminoso, e mais 15 internos vinculados à facção, segundo a Polícia Civil.

A fuga foi flagrada câmeras internas de segurança da unidade prisional. Nas imagens, é possível ver os criminosos, que fazem parte da facção conhecida como Primeiro Comando de Eunápolis (PCE), saindo 'escoltados' pelos suspeitos. Os presos perfuraram o teto e saíram para o telhado ao mesmo tempo em que o grupo criminoso cortou a grade da unidade e atirou nos guardas de plantão.

Segundo o Governo do Estado, os homens, após ingressarem na área do presídio, conseguiram abrir duas celas onde estavam os 16 presos. O complexo em Eunápolis funciona em regime de cogestão do estado com a empresa privada Reviver. Foram os funcionários da empresa que acionaram a Polícia Civil.

Os presos foragidos foram: Edinaldo Pereira Souza, Sirlon Riserio Dias Silva, William Ferreira Miranda, Idario Silva Dias, Isaac Silva Ferreira, Thiago Almeida Ribeiro, Romildo Pereira dos Santos, Altiere Amaral de Araújo, Anailton Souza Santos (localizado e morto nesta quinta-feira, 16), Fernandes Pereira Queiroz, Giliard da Silva Moura, Rubens Lourenço dos Santos, Valtinei dos Santos Lima, Anderson de Oliveira Lima, Geifson de Jesus Souza e Mateus de Amaral Oliveira.

*Com informações de Wendel de Novais, Esther Morais, Elaine Sanoli e Tharsila Prates