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Pabllo Vittar fala sobre os orixás no axé music: 'Só quero que respeitem nossa religião'
Cantora fez participação especial no show do Kanalha, em Salvador
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Brenda Viana
Publicado em 30 de janeiro de 2025 às 11:51
Antes de pisar no palco da Praça das Artes, no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador na noite desta quarta-feira (29), a cantora Pabllo Vittar estava curtindo o show do ensaio de verão 'O Molho', do amigo O Kanalha, tomando uma cervejinha gelada e se balançando ao som do pagodão do cantor - que diz ter 23cm de emoção.
Recebendo o CORREIO para bater um papo descontraído, a reportagem já chegou perguntando justamente sobre o assunto mais comentado na capital baiana nas últimas semanas e, também, pelo Brasil: a troca de 'Iemanjá' para 'Yeshua' na música "Corda do Caranguejo", interpretada pela cantora Claudia Leitte.
Em 2025 o axé music completa 40 anos de existência - e resistência -, e a drag queen, mais conhecida entre os gays como "mãezinha", deixou claro é necessário respeitar as religiões de matriz africana, ainda mais que agora é do Candomblé.
"Eu prego respeito a todas as religiões, sabe? É muito difícil mudar uma música, que já tem uma doutrina, já vem de uma religião. Eu atualmente sou do Candomblé, sou do axé, e me sinto muito feliz. Me descobri. Agora eu só quero que as pessoas respeitem nossas religiões, mas se respeitem como ser humanos", diz a artista.
Claudia Leitte x Processo judicial
O respeito que Pabllo Vittar pediu, durante entrevista ao jornal, foi em relação às últimas polémicas envolvendo Claudia Leitte, que tem trocado constantemente a palavra 'Iemanjá' por Yeshua'.
Nesta semana, a puxadora de trio foi alvo de dois processos judiciais. O primeiro é criminal, fruto da acusação de racismo e intolerância religiosa movida por lideranças afro-religiosas.
Já a segunda e mais recente é o processo por danos aos direitos autorais, que foi protocolado por dois ex-compositores da artista. Se condenada em ambas as ações, Claudia pode pagar mais de R$ 10 milhões em indenizações.
A expectativa é que o inquérito seja concluído em, no máximo, dois meses. O próximo passo do caso consiste na escuta dos compositores da música, que serão ouvidos na próxima semana pela promotora de Justiça.