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Donaldson Gomes
Publicado em 12 de novembro de 2024 às 05:40
Quem caminha pelos corredores do Aliança Star corre o risco de se esquecer que está num hospital. Tudo que o Rede D’Dor pode oferecer de mais moderno em termos de medicina avançada e em atendimentos de alta complexidade, com o suporte de tecnologias encontradas apenas nas melhores redes do Sudeste, ou do exterior, está lá, mas o local tem a ambientação de um hotel de altíssimo padrão. O aparato para garantir todo o conforto e tranquilidade para quem ocupar algum dos 101 leitos conta inclusive com culinária de alto padrão, sob o comando do Chef Rollan Villard, que já ganhou uma estrela Michelin.
Cinco anos depois de pagar mais de R$ 1 bilhão pela aquisição do Hospital Aliança, a Rede D’Or apresentou ontem o equipamento que é considerado a menina dos olhos do grupo. A expectativa dos investidores é que torre erguida com um aporte de R$ 330 milhões, e recheada com equipamentos que custaram mais algumas centenas de milhões, tenha para o mercado de saúde da Bahia o mesmo efeito que o Aliança teve quando inaugurado, em 1990, o de revolucionar o atendimento clínico na capital baiana.
O hospital vai manter o perfil de atendimento geral, inclusive com obstetrícia e pediatria. Segundo o diretor da Rede D’Or Regional Bahia, Rafael Vita, a rede está inaugurando também o atendimento oncológico e medicina nuclear, com estrutura até para transplantes.
Com a nova estrutura, o Aliança chega a um total de 360 leitos. A expectativa é de abrir entre 40 e 50 leitos da bandeira Star ainda este ano e ampliando de acordo com a demanda do público. A operação começa ainda em novembro, no regime de “soft open”, para testar a capacidade da estrutura.
Segundo Rafael Vita, o primeiro público que o novo equipamento deve atender é o de baianos que deixavam o estado em busca de atendimento de referência. “Tínhamos um público que ia para o Rio e São Paulo em busca de atendimento, este é o primeiro público que vamos atender”, diz.
O diretor regional destacou os investimentos da Rede D’Or no estado nos últimos anos, com expansões no São Rafael e na Cardiopulmonar e negou que o grupo esteja negociando a compra do Hospital da Bahia.
Estrutura
Nos seis leitos vips, as melhores acomodações do local, as famílias dos pacientes contam com a comodidade de um quarto ao lado, com toda a infraestrutura necessária, o que inclui uma mesa de seis lugares, uma TV de muitas polegadas, além de sofás e poltronas. “Não tem horário de visitas, é uma estrutura pensada para dar todo o apoio tanto ao paciente quanto à sua família”, explica Kelly Magalhães, diretora nacional de relacionamento médico e institucional da Rede D’Or. Segundo ela, até mesmo na UTI os acompanhantes podem permanecer durante 24 horas ao lado dos seus entes queridos, desde que as condições médicas permitam.
Se em termos de hospitalidade o Aliança Star possui itens de conforto que só são encontrados em grandes hotéis, em relação à infraestrutura para o atendimento médico o equipamento chega trazendo equipamentos que são novidade em Salvador e até mesmo outros que são pioneiros no mercado nacional, como a estrutura de hemodinâmica. Com o robô da Vinci XI, os médicos podem realizar cirurgias com alta precisão e a possibilidade de acompanhamento de todo o processo em imagens 3D.
O diretor da Rede D’Or Regional Bahia, Rafael Vita, destaca este como um enorme diferencial principalmente no caso de cirurgias neurológicas, uma vez que permite a localização exata dos locais que precisam ser tratados. “Temos sistemas de vídeos com tecnologias totalmente diferentes do que existe atualmente. Estamos falando de um tipo de marcação que mostra, por exemplo, onde está o linfonodo com um verde bem brilhante, o que permite ao cirurgião retirar apenas o que precisa ser extraído”, diz.
“A gente tem uma UTI de alta complexidade com quatro leitos, apenas para pacientes de extrema necessidade, com uma equipe de médicos dedicados, enfermeiros e técnicos em um ambiente bem pequenininho, num ambiente de vigilância mais próxima e absoluta”, exemplifica Vita. Ele destaca ainda todo o novo instrumental cirúrgico, com bisturis elétricos mais modernos que os habituais e alguns robôs, completa.
A diretora médica do Aliança Star, Márcia Noya, explica que o grupo investiu em muitos meses de treinamento da equipe tanto em relação ao manuseio dos equipamentos tecnológicos, quanto para que o atendimento aconteça de acordo com o padrão de qualidade estabelecido pelo grupo. “Quando o Hospital Aliança surgiu, ele trouxe um conceito de reestruturação da medicina hospitalar. O Star chega para reacender isso, com base numa medicina integrada e tecnológica”, explica.