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Wendel de Novais
Publicado em 28 de maio de 2024 às 17:00
O grupo que gerenciava a refinaria clandestina que virou alvo de operação da Polícia Civil furtava combustível em Candeias e revendia em Dias d’Ávila. Desarticulada na última segunda-feira (27), a estrutura criminosa funcionava a partir da extração do combustível em depósitos de refinarias. Nilton Tormes, coordenador do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), afirma que esse tipo de crime existe há anos e, neste caso, o furto e o armazenamento aconteciam em cidade diferentes. >
“Há muitos anos isso acontece, ao menos 20. Existem refinarias clandestinas mais bem estruturadas, outras de maneira mais precária. Essa especificamente era extremamente estruturada, porque eles praticavam a subtração no município de Candeias, transportavam combustível para Dias d'Ávila e lá ele era adulterado, sendo preparado para comercialização”, explica Tormes. >
No processo de adulteração, os criminosos diluíam o combustível e inseriam substâncias que não faziam parte do processo para ampliar a margem de lucro, o que demanda a existência de técnicos e químicos no esquema, que ainda não foram localizados. >
A venda do produto, segundo o delegado Arthur Gallas, o coordenador do Depom/RMS, acontecia, no entanto, em cidades que vão além da região metropolitana. “A informação que nós temos é que esse combustível ia, principalmente, para o interior do estado, para ser revendido em algumas redes de postos de gasolina. Mas isso faz parte da investigação, a gente não pode dar nomes nesse momento”, fala Gallas. >
O delegado titular da 20ª DT, Marcos Laranjeira, conta que a operação se iniciou a partir de dois registros de ocorrência por furto qualificado na cidade de Candeias. Na ação, dois membros da quadrilha foram presos, sendo um gerente e outra pessoa que ajudava na logística do acondicionamento do produto. Mais membros seguem sendo investigados. >
“As investigações estão bem evoluídas e, em breve, nós iremos prender todos os membros da quadrilha para que a gente possa inibir esse tipo de delito na região metropolitana. Existem diversos membros ainda que estão sob investigação, mas como o inquérito está tramitando em segredo de justiça, eu não posso ventilar para não obstaculizar a investigação”, completa.>