Dá para economizar na conta usando ar-condicionado?

Especialista dá dicas de como usar o eletrodoméstico sem gastar muito

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  • Larissa Almeida

Publicado em 19 de março de 2024 às 09:30

Ar-condicionado é item requisitado para aplacar os efeitos das altas temperaturas Crédito: Marina Silva/CORREIO

Principal vilão nas contas de energia durante o verão, o ar-condicionado ajudou a encarecer em até R$225 a conta de energia dos baianos que fizeram a compra do eletrodoméstico ou aumentaram seu uso na tentativa de se refrescar durante a alta estação. Embora seu consumo pese no bolso, a demanda por conta do calor excessivo faz com que o produto cada vez mais se consolide como um item necessário diante de tanta procura. E, à medida que a busca por ele cresce, aumenta-se também a busca por alternativas para não deixar que seu uso seja tão caro aos consumidores. E tais medidas existem.

De acordo com Ana Christina Mascarenhas, superintendente de Eficiência Energética da Neoenergia Coelba, a possibilidade de economizar começa na hora da compra. “O ar-condicionado tem diversas variáveis. Por exemplo, se ele for inverter, já há um consumo menor porque é um equipamento mais eficiente. Outra coisa importante é comprar um equipamento do tamanho compatível com o ambiente em que ele vai ficar. Um ar-condicionado com alta potência para um ambiente pequeno, como um quarto, mesmo que seja comprado por um preço bom na promoção, vai custar caro para o consumidor pelo resto da vida”, afirma.

O custo do consumo do ar-condicionado é proporcional à sua capacidade. Isso porque o cálculo desse consumo é feito a partir de kwh, que leva em conta a potência do aparelho em watts, multiplicado pelo tempo em horas e dividido por 1000. Após obter o kwh, multiplica-se esse valor pelo preço da energia em reais de kwh cobrado pela empresa de energia elétrica, que pode ser encontrado na conta de energia elétrica.

Sendo assim, Ana Christina Mascarenhas recomenda que os consumidores verifiquem a potência adequada do equipamento antes da compra ser feita. Depois de adquirir o produto, outra indicação é limpar os filtros constantemente. “Os filtros são responsáveis por tirar o ar quente do ambiente, levar para dentro do ar-condicionado e resfriar aquele ar. Os filtros sujos dificultam a entrada desse ar e, assim, há um maior consumo de energia”, explica.

Outra recomendação é ajustar a temperatura para 23°C a 25°C – consideradas temperaturas-conforto. “Estima-se que, para cada grau aumentado no ar-condicionado, gere uma economia em torno de 4%. Quanto mais alta a temperatura do ar-condicionado, menor o consumo de energia”, pontua.

Por fim, combinar o uso de ventilador com ar-condicionado durante um determinado período também ajuda a reduzir o consumo. “Por exemplo, quando eu uso o ar-condicionado a 24°C e ligo o ventilador de teto, eu tenho uma eficiência maior em refrigerar o quarto mais rápido. Depois que eu refrigero, mantenho as portas e janelas fechadas, desligo o ar e o ventilador. É uma maneira de finalizar”, finaliza Ana Christina Mascarenhas.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro