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Vitor Rocha
Publicado em 20 de dezembro de 2024 às 19:24
O corpo encontrado na Baía de Todos-os-Santos (BTS) nesta sexta-feira (20) foi identificado como o mergulhador Williams da Silva Teixeira. A confirmação da identidade foi feita pela Marinha do Brasil (MB), por meio da Capitania dos Portos da Bahia (CPBA), em nota oficial. Williams havia desaparecido na última segunda-feira (16) enquanto realizava uma inspeção na âncora de uma balsa na região.
A equipe de Busca e Salvamento (SAR) da CPBA, em conjunto com o Corpo de Bombeiros Militar da Bahia, localizou o corpo, que foi levado até Mar Grande, na Ilha de Itaparica. Posteriormente, foi encaminhado para a Coordenadoria Regional de Polícia Técnica em Vera Cruz, onde será submetido à perícia e outras providências legais.
Procurado, o Departamento de Polícia Técnica declarou que ainda não há identificação da vítima.
A Concessionária Ponte Salvador-Itaparica lamentou, em nota, a morte do profissional, que trabalhava para a Sapucaia Engenharia, empresa terceirizada contratada para auxiliar nas atividades de sondagem realizadas na Baía de Todos-os-Santos. "A Concessionária lamenta profundamente o ocorrido e segue apoiando o Consórcio de Sondagem no atendimento à família, ao tempo em que permanece comprometida com a apuração dos fatos junto às autoridades competentes", declarou.
Já a Sapucaia Engenharia também prestou condolências aos familiares, amigos e colegas de trabalho de Williams. "A Sapucaia Engenharia está tomando as providências para a realização do sepultamento e reafirma o seu compromisso em oferecer todo o suporte necessário à família enlutada", disse.
Relembre o caso
Williams sumiu por volta das 14h, quando a Capitania dos Portos da Bahia (CPBA) foi acionada e iniciou as buscas. Com a vítima, estavam mais três mergulhadores para fazer a sondagem e inspeção de âncora de duas balsas no local. Os três desceram antes de Williams, mas só chegaram a 15 metros de profundidade e voltaram por conta da maré.
A reportagem ouviu uma fonte, que prefere não se identificar, e conta que a correnteza estava forte, mas que o dono da empresa terceirizada teria pressionado os mergulhadores a fazerem o serviço.
“Na hora que os três voltaram, o dono começou a falar que ele mesmo ia ter que descer. Os mergulhadores falaram que só às 16h, mas ele [Williams] queria mostrar serviço para outras oportunidades e disse que ia tentar, mas não voltou mais. Ele fez porque houve pressão para realizarem o serviço”, completa a fonte.
Willians ainda teria descido sem os equipamentos adequados quando sumiu. O CORREIO obteve informações de que, ao fazer um mergulho de cerca de 40 metros de profundidade, ele estava sem os sistemas de ar necessários para mergulhos tão fundos.
A Capitania dos Portos informou que foi instaurado um Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) para apurar as causas e circunstâncias do acidente. Após a conclusão do procedimento, os documentos serão encaminhados ao Tribunal Marítimo.