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Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 16:39
O corpo de uma sétima vítima de afogamento após um acidente com barco em Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador, foi encontrado por volta das 15h30 desta segunda-feira (22). Ele foi identificado como Vanderson Souza, 41 anos. As buscas continuam por pelo menos mais um desaparecido, uma criança, que ainda não foi encontrada. >
No final da tarde, o delegado Marcos Laranjeira informou à reportagem que a morte de Vanderson Souza só seria oficializada após contato com as equipes de resgate, que ainda estavam no local do acidente. Um agente municipal confirmou ao CORREIO o resgate do corpo, que foi localizado na região da Ilha do Paty. Até a noite desta segunda, o corpo não havia chegado ao IML.>
O acidente aconteceu na noite do domingo, quando um barco que fazia transporte entre a Ilha de Maria Guarda e Madre de Deus depois de um evento virou. >
Segundo informações da Marinha do Brasil, o acidente aconteceu por volta das 22h. As vítimas foram identificadas como:>
Os enterros dos corpos de Caroline, de Jonathan Miguel e Flaviane serão na tarde de hoje, no Cemitério Jardim da Eternidade, em Madre de Deus. >
Segundo a polícia, outras cinco pessoas foram resgatadas e receberam atendimento médico. Ambulâncias das cidades de São Francisco do Conde, Candeias e Salvador foram enviadas para prestar apoio no atendimento médico. >
Segundo a prefeitura de Madre de Deus, 12 vítimas foram levadas para o Hospital de Madre de Deus. Dessas, seis pessoas morreram, quatro foram transferidos para Salvador e duas pessoas tiveram alta.>
Estão hospitalizados em Salvador: Maria de Fátima, 56 anos, no Hospital Municipal de Salvador (UTI Adulto); Richard Guilherme, 6 anos, no Hospital Geral Roberto Santos (UTI Pediátrica); e Laura Sofia, 1 ano - Hospital do Subúrbio (UTI Pediátrica). A idosa Maria Estelita dos Santos de Souza, 83 anos, foi encaminhada para o Hospital Metropolitano, em Lauro de Freitas (UTI Adulto).>
Condutor está foragido>
O condutor do barco que naufragou na Baía de Todos-os-Santos, em Madre de Deus, na Região Metropolitana de Salvador, fugiu do local depois do acidente, que deixou seis mortos, segundo informação da Polícia Militar. O homem, que não teve nome informado, é dono do barco Gostosão FF, envolvido no acidente na noite do domingo (21). >
"Com relação ao condutor, ele chegou a se apresentar no terminal. Mas diante da situação de resgate de vítimas, vítimas sendo ressuscitadas, ele acabou evadindo. Empreendemos diligências no sentido de capturá-lo, mas até agora não tivemos êxito", disse nesta segunda-feira (22) Diego Pestana Guerreiro, comandante da 10° Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM).>
Segundo o comandante, ainda não há informação precisa de quantas pessoas estavam na embarcação no momento do acidente. Agora, a PM segue nas buscas pelo condutor.>
Briga no barco>
O capitão dos Portos da Bahia, Wellington Lemos Gagno, confirmou que houve uma briga no barco que pode ter influenciado no acidente. >
De acordo com o capitão, a briga começou antes mesmo do embarque e continuou dentro do barco. "Pode ter ocorrido, mas os inquéritos vão apurar, dessa briga ter levado as pessoas para um mesmo lado da embarcação. Isso tira a estabilidade do barco e pode ser um dos fatores que contribuiu para o emborcamento", disse.>
Ele informou ainda que assim que a Capitania dos Portos tomou conhecimento do acidente, às 22h05, enviou a lancha mais rápida em operação para o local. Mas, devido à extensão da Baía de Todos os Santos, que é a segunda maior baía do mundo, a lancha só chegou cerca de 50 minutos depois.>
Gagno também informou que não foi possível verificar se a embarcação possuía os equipamento de segurança, como coletes salva-vidas, e que Capitania dos Portos da Bahia não foi informada em nenhum momento da festa Madre Verão, que ocorreu ontem (21).>
Além disso, o saveiro que naufragou é classificado como embarcação de esporte de recreio e, por isso, não pode ser usada para fins comerciais. "Será apurado se o dono do barco estava cobrando passagens para levar as pessoas", disse.>
Outro ponto trazido foi que as condições de navegação estavam boas. "A bandeira estava verde, ou seja, para livre navegação", concluiu o capitão Wellington Lemos Gagno.>