Corpo de motoboy morto pela PM no IAPI é enterrado

Familiares acusam a Polícia Militar de chegar atirando; a PM afirma que Alex estava em um grupo que atirou quando os policiais se aproximaram

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Publicado em 16 de outubro de 2024 às 23:49

O velório foi restrito aos amigos, familiares e colegas de trabalho Crédito: Reprodução

O corpo do motoboy Alex Silton de Oliveira, de 18 anos, foi enterrado no final da tarde desta quarta-feira (16), sob forte comoção, no Cemitério 1ª Ordem de São Francisco na Baixa de Quintas. Ele foi morto a tiros no bairro do IAPI, em Salvador, na noite da terça-feira (15).

O velório foi restrito aos amigos, familiares e colegas de trabalho. Por volta das 17h30, o corpo de Alex foi enterrado.

"Vá com Deus. Aqui é só matéria. Aqui não é o meu filho. Só peço a vocês que orem pelo meu filho. Eu te amo, meu amor", disse o pai do jovem aos prantos durante a despedida.

Morte

Familiares acusam a Polícia Militar de chegar atirando na localidade da Rocinha, onde o motoboy Alex Silton de Oliveira estava na porta de casa. Já a PM afirma que a equipe policial foi recebida a tiros e reagiu, iniciando uma troca de tiros que terminou com a morte de Alex.

Os familiares dizem que Alex não tinha envolvimento com o crime. Ele estava diante de casa quando uma equipe da 37ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM/ Liberdade) chegou atirando e ele foi baleado três vezes na cabeça. Depois da morte, moradores da região protestaram na Avenida San Martin.

A Polícia Militar afirma que Alex estava em um grupo que atirou quando os policiais da 37ª CIPM se aproximaram - a equipe fazia uma ação de intensificação da segurança na localidade da Rocinha da Divinéia quando encontraram suspeitos armados, diz a PM em nota. Houve revide e uma troca de tiros.

"Após a troca de tiros, um suspeito foi encontrado ferido, sendo socorrido para uma unidade de saúde da região, onde não resistiu aos ferimentos", diz a PM. "Com ele, foram apreendidos um revólver e munições calibre 32, porções de crack e cocaína". O material foi encaminhado para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que vai investigar o caso.