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Da Redação
Publicado em 30 de dezembro de 2023 às 21:00
Uma barreira de contenção foi instalada na colônia de gatos de Piatã, que abriga cerca de 300 animais, para proteger os felinos durante a realização do Réveillon Gospel neste domingo (31) no local. A barreira instalada é uma medida temporária da gestão, com o intuito de viabilizar a realização do evento promovido pela Primeira Igreja Batista do Brasil.
A barreira foi instalada neste sábado (30) pela Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência e Proteção Animal (Secis), em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal). O equipamento é formado por contenções de metal no perímetro que cerca o espaço dos felinos.
Titular da Secis, Marcelle Moraes explica que a ação de acolhimento visa assegurar que os bichos não passem por estresse ou evasão do local pela alta circulação de pessoas na virada de ano. “Entendemos a necessidade de promover eventos por toda a cidade nessa época do ano, mas também temos que olhar pela qualidade de vida ambiental e animal nesses espaços de festa", diz.
"A colônia de gatos é um espaço consolidado, que conta com a manutenção do poder público, nada mais justo que pudéssemos empenhar esforços para preservar a vida desses felinos nessa situação pontual”, completa a secretária.
Recomendação do MP
Na última sexta-feira (29), o Ministério Público de Salvador, ajuizou uma ação civil pública para que a Prefeitura de Salvador realizasse o acolhimento e o translado de todos os animais da colônia para uma unidade pública municipal habilitada. Caso os gatos não fossem acolhidos e transportados, o Réveillon Gospel poderia ser suspenso.
"Diante de caso fortuito ou força maior que impossibilite o urgente traslado dos animais da colônia de gatos de Piatã, suspenda o ‘Reveillon Gospel, que será realizado pela Primeira Igreja Batista do Brasil no local no dia 31 deste mês, além de demais eventos designados para a realização no local", recomendou o MP.
Monitoramento dos abandonos
Diariamente, a colônia de gatos cresce. O motivo, porém, não é a reprodução entre os felinos — boa parte é castrada —, e sim os abandonos cometidos por tutores. Para coibir essa prática, em março deste ano, quatro câmeras de monitoramento foram instaladas em frente ao local pela Secretaria Municipal de Sustentabilidade, Resiliência, Bem-estar e Proteção Animal (Secis).
Os equipamentos são de alta resolução, possuem um alcance de 32x, ou seja, têm funções específicas como ações pré-definidas de patrulha, filmagem 360° na horizontal e 180° na vertical, com infravermelhos que permitem a visualização das imagens à noite, com alcance de até 200 metros.
Como denunciar
O abandono de animais é crime, passível de pena de detenção por até cinco anos. Denúncias podem ser feitas por meio dos telefones 156 e 190.