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Larissa Almeida
Publicado em 11 de fevereiro de 2025 às 05:15
Em tempos de paquera virtual, quem ainda sai para encontros cara a cara pode até não ser rei, mas certamente é alguém disposto. Isso porque, se antes marcar um ‘date’ era uma condição necessária para ter qualquer ‘rolinho’ com alguém, hoje é um passo importante para deixar de ser ‘conversante’ e virar ‘ficante’. Para essa mudança de nível da relação ocorrer, é importante acertar no local do encontro. De acordo com um levantamento feito pelo aplicativo de namoro Happn, através de uma parceria com a rede social Foursquare, o Farol da Barra é o cenário preferido dos baianos para um passeio romântico, seguido da Praia de Itapuã. >
O primeiro encontro do estudante de Arquitetura Neilton Filho, 24 anos, aconteceu no Farol da Barra. Mesmo a contragosto, por não gostar tanto do bairro, ele aceitou o convite para o date e se surpreendeu com o desfecho. “Demos uma volta pela Barra, vimos o Cristo, o Farol e fomos para casa. No fundo, eu gostei. E o lance entre nós engatou e muito. Estamos namorando hoje em dia”, conta. >
Na Praia de Itapuã, a estudante de Psicologia Isabela Macedo teve um encontro sensível e engraçado com um rapaz, tendo como trilha sonora um pagodão. “Eu e o querido paramos em um barzinho, tomamos duas [bebidas] e depois ficamos na água. No momento, eu estava passando por uns problemas pessoais e a gente já tinha se encontrado algumas vezes antes. Comecei a contar para ele alguns desses problemas e chorei. Estava tocando um pagodão, a letra tinha meio a ver com o problema que eu estava passando e ele me respondeu cantando um trecho da música. Eu parei de chorar na hora e demos muita risada”, lembra. >
Os dois destinos utilizados para ‘dates’ acima, apesar de serem em Salvador, não são unanimidade entre os soteropolitanos. No ranking dos locais prediletos daqueles que residem na capital baiana, estão locais como praias, academias, Farol da Barra e cinema. Um lugar inusitado, mas que também é cenário de encontros românticos, é o Estádio Fonte Nova. >
Foi no estádio que uma pedagoga baiana de 24 anos, que preferiu não se identificar, foi convidada para um encontro com um rapaz que conheceu no aplicativo de namoro Tinder. Embora estivesse com expectativa alta, já que torciam pelo mesmo time, o que era para ser um jogo romântico se desenrolou em uma mistura de comédia e tragédia. >
“Quando eu cheguei lá, ele era totalmente diferente. A altura não era a mesma e a estrutura corporal não era nada como na foto, e olha que nós conversamos no WhatsApp por dois dias. Ele chegou a mandar foto e vídeo, mas não era igual. Ele era um cara franzino, baixo e a voz... Meu Deus, como era horrível. Chegando lá, ele queria conversar o jogo todo. Quem vai para Fonte Nova para conversar?”, indaga, indignada. >
O rapaz chegou a tentar beijar a pedagoga, mas quando não conseguiu desviar a atenção que ela tinha no jogo, voltou a tagarelar. “Ele ficou dizendo que tinha grana o tempo todo e começou a falar da ex-namorada, que tinha terminado com ele, ficado com um cartão dele de R$ 5 mil e feito duas habilitações com esse cartão. No final do jogo, ele começou a chorar. Eu não acreditei que estava passando por uma coisa daquela”, conta. >
Após o choro, o rapaz tentou salvar o ‘date’, mas já era tarde. A pedagoga o confrontou, pediu um carro por aplicativo e foi embora. Para ela, embora o encontro na Fonte Nova não tenha dado certo, o local segue sendo uma opção para futuros encontros. “Eu voltaria porque é um bom lugar para observar o cara. Se ele não der atenção para o time do coração, imagine para as outras coisas e pessoa que ele quer conhecer”, diz. >
Para a estudante de Direito Marianna, que preservou o sobrenome, um encontro inesquecível ocorreu em uma combinação de lugares e, desde então, ela passou a valorizar a ideia de explorar o máximo de ambientes quando está conhecendo alguém. Tudo isso começou porque, há cerca de dois anos, a jovem foi convidada para o cinema e fechou o ‘date’ com chave de ouro em uma feijoada. >
“Foi tudo muito fofo mesmo. Fomos no cinema e marcamos de ir ao Porto da Barra com o pai e a madrasta dele. No Porto, ele pegou umas florezinhas que caem de algumas árvores para me dar, depois fomos tomar um banho. Depois, acabei indo para a feijoada e, no final do dia, já era chamada de namorada”, relembra, aos risos. >
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