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Millena Marques
Publicado em 14 de fevereiro de 2025 às 13:45
A nova Deusa do Ébano do Ilê Aiyê será coroada neste sábado (15), na 44ª edição da Noite da Beleza Negra, que acontecerá na Senzala do Barro Preto, no Curuzu. Na manhã desta sexta-feira (14), as 15 finalistas ao título foram apresentadas à imprensa em um café da manhã na Senzala. São mulheres de 19 a 35 anos, que encontram no concurso o poder da ancestralidade e a valorização da beleza preta. Neste ano, a Deusa do Ébano vai liderar o Carnaval do Ilê Aiyê com o tema ‘Kenya: Berço da Humanidade’. Confira a lista de candidatas: >
Idade: 19 >
Bairro: Liberdade, Salvador >
Profissão: Administradora >
Trajetória no concurso: Concorre pela primeira vez >
“O Ilê Aiyê me traz existência, representa a minha ancestralidade, minha cultura, minha história porque eu sou filha de Deusa. Minha mãe foi Deusa do Ébano em 2008, Adriana Santos. Estou ansiosa por esse momento, é a realização de um sonho. Então, para mim, é uma nova experiência", diz Adriane. >
Idade: 33 >
Bairro: Plataforma, Salvador >
Profissão: Esteticista >
Trajetória no concurso: Concorre pela quarta vez >
"A minha experiência é maravilhosa, na verdade é surreal. Explicar esse concurso é prazeroso. Você ter persistência, acreditar, a valorização da mulher preta, mostrar para a sociedade que você é capaz. A minha relação com o Ilê começou com uns nove anos de idade, na verdade bem pequena, né, porque era um sonho de minha mãe ser dosador ébano, e ela não realizou. Então, hoje eu estou aqui”, afirma Camila. >
Idade: 30 >
Bairro: Plataforma, Salvador >
Profissão: Estudante de Pedagogia e educadora social >
Trajetória no concurso: Concorre pela segunda vez >
“Estar aqui, na Senzala do Barro Preto, festejando com os meus, esses são os meus irmãos, são as pessoas da minha referência. O bloco Ilê Aiyê que tem uma história belíssima, um legado deixado. O objetivo de estar participando do concurso é um sonho, um sonho da minha mãe e que passou para mim. Hoje, é um sonho de nós duas. Ela não teve a oportunidade de realizar esse sonho, mas hoje eu estou tendo essa oportunidade, e eu dançarei por mim e por ela", conta Caroline. >
Idade: 34 >
Bairro: Garcia, Salvador >
Profissão: Consultora de imagem e personal stylist >
Trajetória no concurso: Concorre pela quinta vez >
"Desde a barriga de minha mãe, que eu estou aqui no Curuzu, que eu estou no Carnaval atrás do Ilê. É uma relação muito forte, muito ancestral. O Ilê é a base da minha família, e eu pude, inclusive, concorrer com as minhas irmãs também em outros anos. O Ilê é um bloco, é uma entidade que não perde a essência, que não perde o lugar de fala de lutar pelos nossos direitos, os direitos das mulheres negras, e eu me identifico muito com isso”, pontua Cecília. >
Idade: 29 >
Bairro: Engomadeira, Salvador >
Profissão: Fisioterapeuta >
Trajetória no concurso: Concorre pela segunda vez >
"O Ilê tem uma importância muito grande devido a ancestralidade, a referência que traz para nós, mulheres negras, enquanto empoderamento feminino, símbolo de resistência, de grandes lutas e causas sociais. Estar participando desse momento é incrível, é uma realização, um sonho também, não só meu, mas da família, de toda a comunidade, a qual eu espero representar com esse título tão sonhado e tão representativo”, diz Isis. >
Idade: 33 >
Cidade: Lençóis, Chapada Diamantina >
Profissão: Dançarina, afro-empreendedora e guia de turismo >
Trajetória no concurso: Concorre pela terceira vez >
"Por ser a única candidata do interior da Bahia, por ser um corpo político ancestral em movimento, de representar todas essas mulheres e meninas pretas do interior da Bahia, quero que elas me enxerguem como uma referência para que elas também possam estar nesse lugar, que é de extrema representatividade importante para a Bahia toda”, diz Ivana. >
Idade: 22 >
Bairro: Itapuã, Salvador >
Profissão: Dançarina, escritora e comunicadora >
Trajetória no concurso: Concorre pela segunda vez, foi princesa do Ilê em 2024 e rainha do Malê Debalê em 2023. >
“Estar nesse concurso, sobretudo estar no Ilê para mim é um compromisso. É assumir realmente esse lugar de responsabilidade, do entendimento da ancestralidade, mas sobretudo de que maneira a gente perpetua isso de forma educacional, política e artística. Estar enquanto Deusa Ébano é a gente de fato conseguir estimular uma transformação e multiplicar para que mais pessoas ocupem esse espaço com sabedoria, com entendimento de identidade, com entendimento de originalidade”, pontua Lorena. >
Idade: 19 >
Bairro: Federação, Salvador >
Profissão: Influenciadora digital e estudante do Bacharelado Interdisciplinar de Humanidades na Universidade Federal da Bahia (Ufba) >
Trajetória no concurso: Concorre pela primeira vez >
"A importância de ser Deusa do Ébano é continuar esse ciclo que o Ilê vem trazendo de força, de significância, para os jovens, as crianças, as meninas que estão crescendo, que elas já se entendam como mulheres fortes e resistentes e saibam também da sua ancestralidade”, afirma Maria. >
Idade: 33 >
Cidade: Recife, Pernambuco >
Profissão: Dançarina e instrutora de Pilates >
Trajetória no concurso: Concorre pela segunda vez >
“Não interessa de qual território você está vindo, sabe? Se você é uma mulher preta, se você é de dança, se você tem energia, o protagonismo é seu. Então acho que é isso, essa representação, essa representatividade que qualquer mulher, qualquer mulher preta, de onde ela estiver, é possível", pontua Nayara. >
Idade: 29 >
Bairro: Comunidade da Roça da Sabina, na Barra, Salvador >
Profissão: Pedagoga >
Trajetória no concurso: Concorre pela quarta vez >
“Estamos falando de um sonho, um sonho que eu vou dizer uma coisa, eu sou uma mulher forte, guerreira, quero trazer representatividade para minha comunidade e para as mulheres, para que elas se olhem e falem que não é possível fazer que a gente desiste dos nossos sonhos porque a gente tem que existir nos nossos sonhos”, diz Rafaela. >
Idade: 23 >
Bairro: Nordeste de Amaralina, Salvador >
Profissão: Artista e educadora >
Trajetória no concurso: Concorre pela segunda vez >
"A importância de estar participando desse concurso é a construção de uma história e de um legado, da representação de mulheres pretas, periféricas e crianças também. A gente está dando essa continuidade. A gente está enaltecendo, está representando essas mulheres. Então, quando vocês virem às 15 candidatas, vocês também vão se enxergar porque a gente está representando vocês", diz Stephanie. >
Idade: 31 >
Bairro: Lapinha, Salvador >
Profissão: Psicóloga, costureira e artesã >
Trajetória no concurso: Concorre pela terceira vez >
"O concurso é muito importante por uma questão social de fortalecimento do empoderamento meu, enquanto mulher negra, também visando uma questão mais pessoal, familiar. Hoje, eu tenho uma filha de 5 anos. Para ela, me enxergar nesse lugar de empoderamento negro, fortalece também nela esse olhar de construção de identidade”, conta Tainá. >
Idade: 27 >
Bairro: Fazenda Grande do Retiro, Salvador >
Profissão: Cuidadora de idosos >
Trajetória no concurso: Concorre pela terceira vez >
"É para além de um sonho, enquanto mulher preta, continuar potencializando o poder feminino. Um sonho que era da minha mãe, que hoje não se encontra mais aqui, e para as minhas filhas, de três e sete anos. Deixar registrado para elas o quanto é importante esse concurso para a valorização da mulher preta", afirma Thuane. >
Idade: 35 >
Bairro: Cidade Nova, Salvador >
Profissão: Educadora social em dança e pedagoga em formação >
Trajetória no concurso: Concorre primeira pela vez >
“Eu viso fortalecer a nossa comunidade preta e, como educadora da arte para a educação infantil, eu quero solidificar a base, fortalecer a base e fazer com que eles acreditem muito mais nele do que como era antes. Eu fui essa jovem, essa criança, que eu não tive apoio. Agora, como educadora, eu acho que é uma missão minha, um compromisso meu para com os meus, para que eles cresçam entendendo que eles são tão potentes quanto qualquer outra pessoa”, frisa Wania. >
Idade: 19 >
Bairro: Itapuã, Salvador >
Profissão: Vendedora de veículos >
Trajetória no concurso: Concorre pela primeira vez >
“Está sendo uma experiência incrível. O Ilê representa a pele preta, representa a força do povo preto e acho que subir nesse palco amanhã vai ser essa representatividade que eu quero passar para todas as mulheres. Elas têm sim um lugar do mundo, que elas precisam, sim, mostrar quem elas são, independente de estética, porque a gente não precisa ser perfeita, a gente precisa ser nós mesmas”, diz Yasmin. >
Quando: sábado (15)>
Onde: Senzala do Barro Preto, Curuzu>
Horário: 20h30 (abertura dos portões)>
Ingressos: Ticket Maker e Senzala do Barro Preto>
Pista - R$ 200 (inteira) e R$ 100,00 (meia) - Lote 1 (Valor convencional)>
R$ 45 (inteira) e R$ 22,50 (Ingresso social) >
R$ 100 (inteira) e R$ 50 (Ingresso promocional)>
Camarote - R$ 300 (inteira) e R$ 150 (meia) - Lote 1 (Valor convencional)>
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