Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Conheça a cobra venenosa que mais pica pessoas na Bahia

Estado registra cerca de oito casos diariamente

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 27 de março de 2025 às 05:30

Elas são responsáveis pela maior parte dos acidentes
Elas são responsáveis pela maior parte dos acidentes Crédito: Fábio Barbosa/Divulgação

Cerca de oito pessoas são picadas por cobras todos os dias na Bahia. Somente neste ano, 621 casos já foram registrados, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). Em 80% das vezes, as cobras do tipo jararacas estão envolvidas nos acidentes. Elas são venenosas e os sintomas da picada aparecem até duas horas após o contato. 

As jararacas fazem parte do gênero Bothrops, que engloba mais de 40 espécies. Duas delas são as mais comuns na Bahia: a jararaca-malha-de-sapo (leucurus) e jararaca-da-seca (erythromelas). Cidades como Feira de Santana, Vitória da Conquista e Irecê estão entre as que mais registram acidentes com as espécies. 

O tamanho das jararacas varia conforme o tipo, podendo medir entre 70 centímetros e dois metros de comprimento. O veneno delas é menos letal do que o de espécies como sururucus e cascavéis. Isso explica a baixa letalidade na Bahia. Nenhuma morte foi registrada neste ano no estado. 

As picadas das jararacas têm sintomas específicos. O aparecimento de edema, acompanhado de vermelhidão e hemorragia, em alguns casos, é o principal. "O indivíduo pode ter sangramento tanto no local da picada como em outros lugares, como gengiva e mucosa ocular", detalha Jucelino Nery, diretor do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Bahia (CIATox-BA).

O especialista pontua que as complicações não são imediatas. "Ninguém morre de imediato, como as pessoas costumam pensar. Mas uma pessoa que só busca atendimento mais de seis horas após o contato, possui mais chances de ter sequelas", explica. 

Os contatos das cobras com os humanos acontecem com cada vez mais frequência, como explica Artur Gomes Dias, doutor em biologia parasitária e professor da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. Em 2021, foram 23,7 mil acidentes na Bahia, segundo dados do Ministério da Saúde. Dois anos depois, os acidentes com cobras atingiram a marca de 30,6 mil.

O desmatamento acentuada está destruindo o habitat natural desses animais, onde eles encontram alimentos disponíveis. Os animais peçonhentos buscam, então, alimentos perto das casas 

Artur Gomes Dias

Professor