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Gil Santos
Publicado em 23 de outubro de 2024 às 05:45
A Bahia é o quarto estado que mais produz café no Brasil e a produção é considerada de alta qualidade. Apesar disso, a disparada no preço do produto também atingiu os baianos. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), entre janeiro e setembro de 2024, o café moído acumulou 30,13% de aumento em Salvador e Região Metropolitana.
O cultivo baiano de café arábica se dá nas regiões do Planalto (centro-sul e centro-norte baiano) e no Cerrado (Extremo-Oeste da Bahia). As lavouras de café no Planalto estão divididas em três microrregiões: Chapada Diamantina, Vitória da Conquista e Brejões. Já as lavouras de café no Cerrado estão divididas em quatro municípios: Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério e Cocos.
O café conilon está concentrado na região do Atlântico, no Sul da Bahia e, especificamente, em quatro microrregiões: Extremo-Sul, Costa do Descobrimento, Litoral Sul e Baixo Sul. A vendedora Denise Souza, 36 anos, que se considera amante de café, contou que a bebida tem uma ação revigorante e que está passando um sufoco para manter o hábito.
"Eu tomo café quando acordo, tomo um menor depois do almoço e, quando tenho um intervalo no trabalho, tomo mais um pouquinho. Pode estar o calor que for, eu preciso do meu cafezinho. Em casa, nós trocamos de marca desde o começo do ano, pegamos uma mais barata, mas ainda está pesado", lamenta.
O café baiano é considerado de alta qualidade, atingindo 80 pontos na escala de pontuação da Metodologia de Avaliação Sensorial da SCA (Specialty Coffee Association), que vai até 100. Nessa avaliação contam atributos como a fragrância e aroma, uniformidade, ausência de defeitos, doçura, sabor, acidez, corpo, finalização, harmonia, conceito final – esse último se refere a impressão geral atribuída pelo classificador.