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Millena Marques
Publicado em 29 de janeiro de 2025 às 02:00
Quem passa pelas lojas de eletrodomésticos da Avenida Sete, em Salvador, identifica uma estratégia em comum entre as unidades: diversos modelos de ventiladores são distribuídos em frente à cada loja. Tem de todo o tamanho e de todo o preço, com placas que apresentam os valores e a formas de compra. Isso acontece porque as temperaturas elevadas do verão soteropolitano influenciam diretamente nas vendas. A busca pelo equipamento nesta estação, aliás, aumenta até 50%. >
Quem aponta a estimativa é o gerente de uma das unidades das Casas Bahia, Carlos Augusto Vieira. Na loja, são vendidos cerca de 40 ventiladores por dia, o dobro das vendas da última estação. “A busca é muito intensa por causa do calor. No entanto, os preços foram mantidos os mesmos da primavera. Na verdade, é a concorrência. Se a gente aumentar muito o produto, acaba não vendendo, acaba que o consumidor ganha isso. Mantemos o preço para atrair o cliente para loja”, diz o gerente. >
Na loja, os preços variam entre R$ 109 (Ultra, de 30 cm) e R$ 269 (Arno, 40 cm). Alguns modelos, aliás, já esgotaram, como o Ultra, de 30 cm, e o Mallory, de 40 cm (R$ 149). Segundo Carlos Augusto Vieira, foram 60 unidades de cada modelo vendidas em 15 dias. >
Já no Baianão, a busca aumentou em 40%. “O calor de Salvador de Salvador parece que é fora do normal”, disse o vendedor. Neste mês, os preços foram reduzidos em comparação ao final da primavera. Um modelo da Mondial, de 50 cm era vendido por R$ 289, e o de 40 cm da mesma marca saía a R$ 179. Hoje, estão sendo vendidos por R$ 269 e R$ 159, respectivamente. “Os ventiladores tendem a cair o preço porque o varejo tem que se adequar. Se uma loja diminuir o preço, todo mundo vai comprar nela. Com isso, a demanda fica alta e o preço está bacana”, explica. >
A estudante Juliana Santos, 22 anos, não demorou muito para comprar o ventilador desejado na Avenida Sete. “Os preços estão muito similares em todas as lojas. Nem precisei entrar em todas para decidir o que queria”, disse ela, que comprou um ventilador de 30 cm na segunda loja onde passou. “O modelo atende às minhas necessidades. É pequeno, mas é só para mim. Vai me ajudar nesse calor de Salvador”, comentou, aos risos. >
No Baianão, os valores variam entre R$ 119 (Mondial, de 30 cm) e R$ 269 (Mondial, 50 cm). O segundo, no entanto, estava em falta na loja nesta terça-feira (28), justamente por causa da alta demanda. “O que mais sai é o de 40cm, que é vendido a partir de R$ 159, a depender da marca”, disse Alex. Os produtos vendidos na unidade são das marcas Wap, Mondial e Cadence. >
O setor de utilidades da Guaibim da Avenida Sete é composto, em sua maioria, por ventiladores. Das 500 peças vendidas em janeiro, 300 são unidades de ventiladores. “Em comparação com o ano passado, crescemos 42% das vendas desse produto. No final de ano não teve tanta busca. Não sei se o pessoal costuma buscar agora para levar para casa de veraneio, não sei qual é a justificativa”, disse Neijocsã Fernandes Brazil, gerente da Guaibim há quatro anos. Na unidade, os valores vairam entre R$ 109 (Ultra/Cadence, de 30 cm) e R$ 450 (Britânia, de 51 cm). >
Na Magazine Luiza, um ventilador é encontrado a partir de R$ 120 (Mondial, 30 cm) e R$ 329 (Arno, 40 cm). Há dois modelos que já esgotaram: o Mondial de coluna, ‘de pé’, que é vendido por R$ 269, e o Arno, de 40 cm. “Os valores estão um pouco tabelados. A diferença é mínima entre um lugar e outro. Com ar-condicionado, a diferença é maior”, explica o vendedor Ueverton Nunes, 38. Segundo ele, a loja atende 20 clientes por dia que estão em busca de ventilador. >