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Com direito a paquitas: idosa de Salvador se veste de Xuxa para comemorar aniversário de 73 anos

Ao todo foram 10 paquitas, com idades que variaram entre 60 e 85 anos

  • Foto do(a) author(a) Perla Ribeiro
  • Perla Ribeiro

Publicado em 17 de fevereiro de 2025 às 13:04

Baiana de 73 anos se veste de Xuxa e as amigas de Paquita para comemorar aniversário
Baiana de 73 anos se veste de Xuxa e as amigas de Paquita para comemorar aniversário Crédito: Acervo pessoal

Xuxa não fez parte da infância da aposentada Arisbel Cerqueira dos Santos, 73 anos,  conhecida como dona Riri, mas animou as manhãs das filhas dela. Festeira que só, a moradora de Itapuã não pensou duas vezes na hora de escolher o tema do seu aniversário deste ano. Convocou as irmãs e amigas para se vestirem de paquitas, se fantasiou de Rainha dos Baixinhos, e entraram no clima do "Que show da Xuxa é esse?".

Pra encarnar a personagem, usou short, camisa e bota dourados, as famosas ombreiras, colocou uma peruca loura e, remetendo ao clima da nave que a Rainha dos Baixinhos chegava na abertura do programa, a aniversariante surgiu descendo uma escada ao som da música Ilariê. Embaixo, as paquitas e o Praga colocavam em prática a coreografia da música, enquanto sacolejavam as mamães-sacodes. "Imagina, um calor danado, com aquela roupa, transpirando feito uma condenada, mas foi muito divertido", conta, gargalhando, a idosa.

No show da Xuxa de dona Arisbel teve paquita loura, morena e de todas as idades. As fantasias não foram suficientes para quem quis. Ao todo foram 10 paquitas, com idades que variaram entre 60 e 85 anos. "Se somasse a idade de todo mundo passava de 5 mil anos, de tanto velho que tinha. Imagine um bocado de idosa tudo vestida de paquita? Ouvi de um delas: 'pela primeira vez em minha vida fui paquita. A vida inteira eu quis e não pude. Ainda teve as periquitas, que eram as que já tinham passado da idade de ser paquitas'", conta, com graça.

No repertório, não faltaram hits como Ilariê, Parabéns da Xuxa, Tô de bem com a vida, com direito a coreografias e muita animação. "Minha irmãs são todas mais velhas, cada uma com um problema de saúde, então, quando faço essas festas, é uma oportunidade de trazer alegria. Ali na festa todo mundo esquece dos problemas, todo mundo ama", contou a aniversariante.

Sobrinha e afilhada de dona Arisbel, a servidora pública Marcela Cerqueira embarcou nas ideias da madrinha e ajudou nos preparativos da festa. "Tia Riri é uma lideranca na familia, ela é uma pessoa que sempre organiza, que festeja, que sempre está a frente de tudo, seja em uma situação difícil, ou pra gente ajudar alguém, é sempre ela. Dia 16 de fevereiro era aniversário de vó Romilda, a matriarca da família, e a gente fazia sempre festa comemorando o dia de minha avó, o 17 que é o de minha tia, o 19 que é o meu, e o 22 de minha irmã. Desde que nasci, sempre foi essa reunião alegre em fevereiro".

De acordo com Marcela, após a morte da avó, há alguns anos, a tia decidiu manter a festa. "Ela falou que a alegria é o símbolo da família, então fez questão de manter essa tradição. Ontem, seria o aniversário de minha avó e ela fez a festa, escolheu o tema há alguns meses, e foi uma semana bem agitada pra gente fazer os acessórios, a decoração e fazer tudo do jeitinho que é a cara dela e, de certa forma, acabou sendo a cara da família também". Em outras edições, dona Riri já fez festa de Carnaval e até lavagem com cortejo pelas ruas de Itapuã para celebrar a vida.

A festa foi realizada nesse domingo (16), mas o aniversário de dona Arisbel mesmo é nesta segunda (17). Apesar do espírito festeiro, as comemorações foram encerradas ontem mesmo: "Estou morta de cansada, dancei muito. O corpo está todo doído. Agora, só ano que vem. As amigas já saem daqui na expectativa da festa do ano seguinte".

É que as festas da família de dona Riri costumam ser sempre alegres, engraçadas e inclusivas. "Minha tia, às vezes, acaba trazendo pessoas de fora, uma amiga que está triste, com depressão, uma amiga que ficou viúva, uma idosa que mora só, porque pra ela, a alegria tem que transbordar, tem que atingir mais gente, tem que contagiar. Ontem, a festa tinha muitas idosas e ela fez questão que algumas fossem paquitas para fazer parte da festa de maneira brilhante. Minha tia é sensacional"