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Com degustação de queijos premiados, Festival do Queijo Artesanal é realizado no Rio Vermelho

Evento vai até o próximo sábado (21), no Mercado do Rio Vermelho

  • Foto do(a) author(a) Gilberto Barbosa
  • Gilberto Barbosa

Publicado em 19 de setembro de 2024 às 22:30

Festival será realizado até o próximo sábado (21)
Festival será realizado até o próximo sábado (21) Crédito: Paula Fróes/CORREIO

Quem estiver em busca de uma nova experiência gastronômica em Salvador, vale conferir a primeira edição do Festival do Queijo Artesanal da Bahia, que prossegue até sábado (21), no Mercado do Rio Vermelho, com entrada gratuita. Ao todo, são 60 produtores de todo o estado expondo seus produtos no evento, cuja programação teve início nesta quinta-feira (19).

No Mercadão, o público poderá degustar diversas opções de queijos e doces, como geleias, iogurtes, além do doce de leite. Entre os mestres queijeiros está André Moraes de Oliveira, 38 anos. Natural de Planalto, no sudoeste baiano, ele começou na produção do derivado do leite há dois anos e conquistou quatro medalhas na última edição do Mundial do Queijo, realizado no último mês de abril em São Paulo.

“Como a nossa região tem a fama de ser a suíça baiana, começamos produzindo um queijo tipo emmental. Atualmente, trabalhamos com queijos curados, frecos, além de iogurtes com e sem lactose. Estamos apresentando os nossos produtos, como o queijo Gabiru, premiado no mundial e os preços variam entre R$15 e R$40”, disse.

André Moraes de Oliveira venceu prêmio mundial de queijos
André Moraes de Oliveira venceu prêmio mundial de queijos Crédito: Paula Fróes/CORREIO

Natural de Palmeiras, na Chapada Diamantina, a produtora Rilza Ribeiro, 71, participa pela primeira vez de um evento do tipo. Ela apresentou o tipo Coalho Frescal, com a embalagem de 500g, sendo vendida a R$ 30 e contou que o negócio tem origens familiares.

“Meus pais sempre venderam leite e as sobras eram usadas para fazer requeijão. Quando eles se foram, transformamos o gado em leiteiro e como não tínhamos um local para escoar o leite, apostamos na produção do queijo, que foi bem aceito na nossa cidade. Esse evento é uma oportunidade de mostrarmos o que produzimos na Chapada, além de desenvolvermos um relacionamento com os outros produtores”, comentou.

Rilza Ribeiro é natural de Palmeiras, na Chapada Diamantina
Rilza Ribeiro é natural de Palmeiras, na Chapada Diamantina Crédito: Paula Fróes/CORREIO

O queijo de Rilza fez sucesso entre o público, em especial com o técnico de informática Josinaldo Andrade, 56, que reviveu memórias de visitas à fazenda de seu avô, também produtor queijeiro, na infância.

“Eu tenho contato com o queijo desde criança e me vi, novamente, na fazenda dele. Sempre que eu chegava com meus pais, era recebido com um queijo fresco e um cafezinho. Eu era um dos poucos netos que podia acompanhar a produção com ele e assim que eu provei esse queijo, voltei para esse lugar”, relatou.

Outra opção são os queijos feitos por Adriana Silva Farias, 36, que custam entre R$35 e R$40. Ela mantém a produção junto com a sua família na cidade de Prado, no extremo-sul baiano e começou no ramo há cerca de quatro anos, devido à dificuldade para encontrar o produto na região.

“Eu estava desempregada e quando queria fazer pão de queijo, não conseguia encontrar queijo onde eu moro. Com isso, eu decidi fazer e a gente se apaixonou. Hoje, eu utilizo até 150 litros de leite por dia e quero abrir minha queijaria para expandir a produção. O festival é muito importante, porque conseguimos mostrar para o mercado o que temos de melhor. Além disso, é uma oportunidade para o público conhecer o nosso produto”, afirmou.

Adriana Silva Farias começou a produzir queijos na pandemia
Adriana Silva Farias começou a produzir queijos na pandemia Crédito: Paula Fróes/CORREIO

O festival é organizado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), ligada a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). Além dos estandes, o festival conta com palestras relacionadas à cultura queijeira no estado, exposição de queijos premiados e shows que encerram a programação do dia. Nesta quinta, quem subiu ao palco foi o cantor Alexandre Leão.

“É uma oportunidade de fazer que Salvador e a região metropolitana conheçam um insumo genuinamente baiano, que está sendo premiado fora da Bahia. Estamos falando de produtos únicos que o público pode conhecer, dialogar com os produtores e degustar com uma boa cachaça ou um bom vinho”, declarou o titular da SDR, Osni Cardoso.

*Com orientação da subeditora Monique Lôbo