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Com débito de mais de R$ 2 milhões, Curaçá declara estado de calamidade financeira

Foram identificadas irregularidades econômicas e administrativas pela nova gestão do município

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 7 de janeiro de 2025 às 22:00

Curaçá
Curaçá Crédito: Divulgação

O ano de 2025 mal começou e o município de Curaçá, no norte da Bahia, já se encontra com dificuldades para fechar as contas. Conforme decreto publicado nesta segunda-feira (6), a cidade precisou declarar estado de calamidade administrativa e financeira para conseguir administrar a crise em que se encontra.

De acordo com a nova gestão, do prefeito Murilo Bomfim (PT), foram identificadas irregularidades e problemas estruturais do mandato anterior. "O ex-prefeito deixou um débito de R$ 2.798.261,78 referentes a salários de servidores efetivos, contratados temporários, cargos comissionados e agentes políticos de diversas secretarias municipais, sem recursos provisionados para quitação. Também foi constatado o não repasse de valores retidos dos servidores ao INSS e às instituições financeiras, agravando o endividamento do município", explicou o governo.

Outras irregularidades em contratações públicas, dívidas previdenciárias e bancárias, desaparecimento de documentos, favorecimento em processos seletivos e a presença de funcionários fantasmas também foram relatados pelo mandato de Bomfim.

"Além dos problemas administrativos, prédios públicos se encontram em estado alarmante de degradação. No Hospital Municipal de Curaçá, o teto do almoxarifado desabou em 4 de janeiro de 2025, enquanto os setores de lavanderia e dormitório para motoristas de ambulâncias foram interditados devido a problemas estruturais", acrescentou.

Para enfrentar a crise, o governo municipal precisou implementar ações emergenciais, como a criação de uma Comissão Especial de Verificação Situacional, recadastramento de servidores públicos e análise e regularização de contratos e convênios.