Com alta na energia e do gás, inflação em Salvador atinge maior nível para fevereiro em nove anos

A inflação na Região Metropolitana de Salvador (RMS) acelerou significativamente em fevereiro, atingindo 1,38%, o maior patamar para o mês em nove anos, desde 2016 (1,41%). O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE, mostrou que a alta foi superior à média nacional (1,31%) e colocou Salvador como a 9ª área mais inflacionária entre as 16 pesquisadas.

No acumulado do ano, a RMS já registra alta de 1,76%, acima da média brasileira (1,47%) e na 4ª posição entre as áreas analisadas. Nos últimos 12 meses, a inflação na região atingiu 5,37%, superando o índice nacional (5,06%) e ficando atrás apenas de Belo Horizonte, São Luís e Brasília.

O aumento de fevereiro foi puxado principalmente pelos grupos habitação e educação. O custo da habitação subiu 5,30%, a maior alta mensal em quase 30 anos, impulsionado pela energia elétrica, que teve aumento de 17,38% – o maior em sete anos. O fim do bônus de Itaipu, que concedia descontos nas faturas em janeiro, foi o principal fator para essa alta. O gás de botijão também contribuiu, com aumento de 2,41%.

Já o grupo educação subiu 4,64%, influenciado pelo reajuste das mensalidades escolares, uma tendência tradicional em fevereiro. O ensino fundamental teve alta de 7,90%, enquanto o ensino médio subiu 8,77%. Apesar disso, o reajuste deste ano foi o menor em cinco anos.

No grupo alimentação e bebidas, os preços subiram 1,12%, com destaque para o café moído (18,92%), ovos (17,83%) e pão francês (2,85%). Por outro lado, o grupo transportes registrou queda de 0,33%, ajudando a conter a inflação. As passagens aéreas tiveram a maior deflação (-26,19%) entre todos os itens pesquisados.