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Wendel de Novais
Publicado em 3 de maio de 2024 às 06:00
A morte de Gabriel dos Santos Cordeiro, de 1 ano e seis meses, que se afogou em uma praia do Subúrbio Ferroviário de Salvador na tarde de quarta-feira (1º), acendeu o alerta para os cuidados com crianças em praias. Em questão de minutos, de acordo com família, o menino desapareceu e só foi encontrado morto mais de 17 horas depois.>
Por isso, o comandante do Batalhão Marítimo do Corpo de Bombeiros, Major Francisco Duarte, afirma que, quando uma criança vai à praia acompanhada, quem está com ela deve ter em mente que o lazer é apenas para os pequenos. De acordo com Duarte, para os adultos, o dever é o estado de alerta ininterrupto >
“É uma tragédia que, infelizmente, é comum para esse público. Por isso, quando crianças vão à praia, o lazer é apenas delas. Para os pais e responsáveis, o período deve ser um momento de alerta e vigilância. Afogamento é rápido e silencioso, e pode acontecer de uma hora para outra com os pequenos. Eles podem cair em um buraco, serem puxados por uma corrente de retorno e, em segundos, desaparecer no mar”, diz. >
Ainda de acordo com o Major, o afogamento é a causa mais comum de morte para crianças entre 1 a 4 anos. Questionado sobre os principais cuidados, além da atenção, ele cita o uso de um item de proteção essencial para evitar que as crianças caiam em buracos ou sejam arrastadas por uma corrente de retorno. >
“Existem colete salva-vidas próprios para crianças que prendem o tórax e os braços, impossibilitando que sejam retirados pelos pequenos. Esse você acha em qualquer loja de produtos aquáticos e é fundamental. A compra dele, porém, não acaba com a necessidade de alerta total na vigilância, a procura por praias tranquilas e, de preferência, com a presença de salva-vidas", orienta. >
Ele adverte, por fim, que, mesmo com itens de proteção, os pais não podem sustentar uma sensação de falsa segurança e devem estar alerta o tempo todo.>
Procurada, a Salvamar informou que possui dados apenas englobando o trecho que compreende do Jardim de Alah até Ipitanga, e que não possui o recorte com número de afogamentos envolvendo crianças. O documento aponta três mortes por afogamento este ano, e 17 crianças perdidas. >
Procurados, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil informaram que também não têm os dados de afogamento na capital baiana.>