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'Clima de tensão', diz baiano que está em Roma após a morte do papa Francisco

Funeral está marcado para o sábado (26)

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 23 de abril de 2025 às 06:00

Bahia e Vitória lamentaram a morte do Papa Francisco
Bahia e Vitória lamentaram a morte do papa Francisco Crédito: Divulgação/EC Vitória

É impossível ignorar o som de helicópteros sobre as casas em Roma. Desde a morte do papa Francisco, na segunda-feira (21), quem vive ou visita a cidade observa um forte esquema de segurança, que inclui voos e barreiras montadas em pontos estratégicos. O clima é reflexo da magnitude do funeral do pontífice. A cerimônia deverá reunir, além de milhares de fiéis, mais de 200 chefes de Estado. 

O esquema de segurança será fortalecido durante a semana. Os fiéis poderão ver de perto o corpo do papa Francisco a partir de quarta-feira (23), quando um cortejo será realizado até a Basílica de São Pedro. A procissão será presidida pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana. O funeral acontecerá no sábado (26). 

O músico baiano Everaldo Groove da Fé, que mora em Roma há 25 anos, detalha como está o clima na cidade. "A cidade vai estar toda blindada. É um clima de muita tensão porque virão chefes de Estado do mundo inteiro. Os helicópteros não param de voar. Também vemos muitas barreiras, o negócio está sério", conta o músico. Everaldo vive no bairro Monte Verde, em Roma, localizado a poucos quilômetros do Vaticano. 

Devido ao grande público esperado e o esquema reforçado de segurança, o baiano ainda não decidiu se vai acompanhar a cerimônia. "Talvez eu prefira assistir pela televisão", diz. O primeiro dia do velório de Bento XVI, que renunciou ao cargo de chefe da Igreja Católica em 2013, reuniu cerca de 65 mil pessoas, em janeiro de 2023. A expectativa é que a despedida do papa Francisco reúna ainda mais pessoas. 

Everaldo conheceu o papa no ano em que o pontífice foi eleito
Everaldo conheceu o papa no ano em que o pontífice foi eleito Crédito: Acervo pessoal

O Jubileu dos Adolescentes, que será realizado neste final de semana em Roma, possui mais de 80 mil inscritos. Muitos deles, inclusive grupos de brasileiros, acompanharão o funeral do pontífice no sábado (26). A baiana Isabela Freire, 26, mora na Itália desde fevereiro deste ano e foi visitar a capital, Roma, no dia em que o papa Francisco morreu. 

"Eu já esperava que seria um dia bem turbulento pois a segunda-feira pós-Páscoa é um feriado bem importante para os italianos. Mas eu não senti um clima de luto porque a cidade está cheia de turistas. Acredito que, para eles, o peso é menor", conta Isabela. Nas ruas, ainda é possível ver souvenirs com a figura papal. "Vimos um calendário de 2026 com o rosto dele e pensamos 'putz, que pena'", conta. 

Isabela Freire lembra ainda que o papa Francisco era uma figura próxima dos italianos, especialmente em Roma. "Muitas pessoas contam que viam o papa andando de carro, por exemplo", conta. A relação de proximidade foi sentida pelo músico baiano Everaldo, que conheceu o líder da Igreja em 2013, no mesmo ano em que ele foi canonizado. 

"Ele era muito humilde e educado. Eu disse que era uma honra conhecê-lo, e ele retribuiu. Pedi para ele abençoar o meu rosário, e assim ele fez", conta Everaldo, que participou de uma procissão com o pontífice durante o Festival da Juventude. 

Cerimônia 

Os fiéis poderão ver de perto o corpo do papa Franisco a partir de quarta-feira (23), quando um cortejo levará o pontífice até a Basílica de São Pedro. A procissão será presidida pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana.

O cortejo passará pela Praça de Santa Marta e pela Praça dos Protomártires Romanos, seguirá pelo Arco dos Sinos e entrará pela porta central da basílica. No Altar da Confissão, haverá uma Liturgia da Palavra presidida pelo cardeal camerlengo, após a qual o público poderá iniciar as visitas ao corpo do papa.

O funeral está marcado para sábado (26) às 10 horas da manhã em Roma (5 horas da manhã no horário de Brasília), na Praça de São Pedro. A missa será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, e contará com a participação de patriarcas, cardeais, arcebispos, bispos e sacerdotes de diversas partes do mundo.

A celebração eucarística se encerrará com os ritos da Ultima commendatio e da Valedictio, marcando o início dos nove dias de luto e celebrações pela alma do pontífice. Após a cerimônia, o corpo de Francisco será levado à Basílica de Santa Maria Maior, onde será sepultado.